O aniversário de 130 anos de Heitor Villa-Lobos vai servir de gancho para uma série de iniciativas de resgate de sua obra. Peças do compositor integram séries de concertos de orquestras todo o Brasil. Mas não só: a Academia Brasileira de Música, criada por Villa-Lobos e mantida até hoje com os seus direitos autorais, aproveita a data para lançar uma série de novas edições de algumas de suas partituras – e algumas delas serão distribuídas gratuitamente para orquestras do País e do exterior.
“Em parceria com a editora Max Eschig estamos lançando novas edições revistas pelos maestros Roberto Duarte, Henrique Morelenbaum, Lutero Rodrigues e Ricardo Tacuchian de obras como a Bachianas Brasileiras n.º 9, o Concerto para Violão e os Choros nº 10”, diz o pesquisador André Cardoso, presidente da academia. “Outras obras, por incrível que pareça, ganharam a primeira edição, já que eram alugadas em cópias manuscritas, dificultando muito a execução, como o poema sinfônico Madona, a Alvorada na Floresta Tropical e o Concerto para Harpa.”
A edição das partituras do compositor tem sido considerada, não é de hoje, condição fundamental para uma maior difusão de seu trabalho: muitas continuam na versão manuscrita. Não por acaso, a Osesp, que acaba de terminar a gravação da integral das sinfonias, também realizou novas edições das peças.
Outras peças devem ser lançadas este ano pela academia. “Com edição de Manoel Correa do Lago e de Régis Duprat, fizemos a primeira edição de obras para canto e orquestra que estavam ainda em manuscritos, como os Epigramas Irônicos e Sentimentais, as Historietas e as Miniaturas. E uma nova edição de Uirapuru, com revisão do maestro Tobias Volkmann, e da versão orquestral da Bachianas nº 4, com minha revisão e do Manoel Corrêa do Lago”, afirma Cardoso.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.