Nove de Julho goleia e chega invicto a terceira final seguida da Copa Cecap

Quando no futuro, os historiadores do futebol de várzea  se debruçarem a contar a história da Copa Cecap, certamente deixarão um capítulo especial para o Nove de Julho da Casa Verde Alta,como a equipe que  mais soube disputar a competição. Em três anos de disputa, três finais ,sem perder uma única partida. Em 2017, o título pode até não ir para a Casa Verde Alta, pois do outro lado tem duas boas equipes – EC Tiradentes e Turma da Torre – mas, o Pit Bull já mostrou como se joga a Copa Cecap.

 

Jogando neste sábado(29), pela semifinal da 17ª Copa Cecap, no Estádio Cícero  Miranda, Vila Galvão, em Guarulhos/SP, o  Nove de Julho venceu o Penharol São  Miguel, pelo placar de 4 a 0 , com dois gols do volante Pezão e outros dois do  atacante Fafi.

 

A partida que contou com um excelente público no Cícero Miranda, teve de negativo,apenas, o atraso de mais de uma hora do horário previsto, sem nenhuma justificativa,já que, as duas equipes estavam no local da partida no horário previsto.

 

Com a bola rolando o que se viu foi uma partida digna de uma semifinal. Mais time, o Nove de Julho, iniciou a partida com uma postura de bicampeão , tomando todas as iniciativas da partida e foi premiado com os quatro gols.

 

Já o Penharol, não conseguiu repetir taticamente a boa exibição diante do Flamengo Vila Maria, pela fase de Quartas de Final, e duas falhas individuais derrubaram o projeto de fazer história na Copa Cecap. De positivo, o comportamento dos jogadores,que mesmo perdendo de goleada não apelaram para violência. Nas arquibancadas, o torcedor do Penharol deu um show de civilidade e esportividade, quando ao término da partida se confraternizou com a torcida do Nove de Julho, tomando a iniciativa de parabenizar o vencedor.

 

Classificado  para mais uma final da Copa Cecap, a terceira seguida – no ano passado o Nove não participou da competição – , o Pit Bull ficará esperando o seu adversário da final. No próximo domingo, EC Tiradentes e Turma da Torre, se enfrentam no Estádio Cícero  Miranda. A grande final deve acontecer no dia 13 de maio, possivelmente, no Estádio Municipal Antônio Soares de Oliveira.

 

O JOGO

 

Numa partida que o time vencedor sai com o placar de 4 a 0, acredita-se que foi tudo muito fácil, mas não foi. Até o segundo gol do  Nove de Julho, aos 18 do segundo tempo, a partida estava muito igual, seguindo scripit dos dois treinadores: O Nove tomando as iniciativas da partida e o Penharol marcando muito forte e saindo nos contra-ataques.

 

Vale lembrar que, o primeiro gol do Nove de Julho ,aos 24 minutos do primeiro tempo, marcado pelo zagueiro Pezão, que jogou de primeiro volante substituindo o volante titular Ferradura, só saiu depois de uma falha grotesca da defesa do Penharol  que tentou sair jogando na entrada da grande área, a bola sobrou para Pezão, que soltou o pé de fora da área para abrir o placar da semifinal.

 

Antes do gol que  abriu o placar, o meia Zâmbia, um dos destaques da partida, já havia acertado o travessão do goleiro Jonas, numa bela cobrança de falta. Mas, a primeira etapa terminou com o Penharol em busca do gol de empate. Em dois lances, aos 35 e 42 minutos, sempre com o atacante Dú, o Penharol esteve muito próximo de marcar.

 

No primeiro lance, Dú chutou de fora da área e o goleiro  Alessandro, mandou para escanteio. No segundo lance, pelo alto, especialidade do atacante do Penharol, ele cabeceou forte no meio do gol e o goleiro do Nove, mandou  para escanteio, de mão trocada, numa difícil defesa.

 

OITO  MINUTOS DECISIVOS

 

 

Na segunda etapa, do minuto 18 ao minuto 26, o céu e o inferno dos treinadores Leandro Ono (Nove de Julho) e Adriano Bolão (Penharol). Enquanto o primeiro foi feliz nas substituições, principalmente ao colocar o atacante Fafi, que bagunçou a defesa adversária e marcou dois gols. Do outro lado, Adriano Bolão, viu a sua equipe se desestruturar a partir de uma substituição equivocada, quando ele tirou o meia Wendel, um dos principais jogadores da equipe.

 

Assim, aos 18 minutos, aproveitando um contra-ataque, o atacante Fafi, que havia acaba de entrar, recebeu a bola na entrada da grande área pelo setor direito e chutou cruzado para ampliar o placar, marcando o segundo gol do jogo.

 

Dois minutos depois, aos 20 minutos, cruzamento para a área e o volante Pezão, fez jus ao seu tamanho e cabeceou para marcar o seu segundo gol na partida, o terceiro do Pit Bull. Aos 26 minutos, em mais um contra-ataque, a bola chegou açucarada para o atacante Fafi, que tocou na saída do goleiro Jonas, marcando o seu segundo gol na partida, o quarto do Nove, dando números finais ao confronto.

 

O  ADESTRADOR

 

Nove de Julho goleia e chega invicto a terceira final seguida da Copa CecapPara comandar o time que tem como mascote o Pit Bull, uma torcida forte e exigente e o time é uma das principais forças do futebol amador do estado de São Paulo, o treinador tem que ser um bom adestrador, um bom comandante sabedor de tática e de controlar egos.

 

O jovem Leandro Ono, demonstrou nesta Copa Cecap, assumindo o Nove de Julho, em substituição ao treinador mais vencedor da história do Pit Bull, Ederson Araújo, que os anos como jogador profissional  – ele iniciou na base do São Paulo, jogou no São Caetano, Santo André, Força/SP e encerrou a carreira no Nacional /PR, em 2007 – e os quase 10 anos trabalhando na base do Corinthians, além da experiência adquirida ao comandar outras equipes importantes no futebol amador da Grande São Paulo, que está pronto para conquistar uma das mais importantes competições do futebol amador do estado de São Paulo.

 

Para Leandro Ono, a goleada diante do Penharol São  Miguel não foi nada fácil, como os analisadores de resultados possam imaginar.

 

– A partida não foi fácil. O Penharol tem uma boa equipe, fez uma primeira etapa bastante equilibrada. No segundo tempo, o nosso time se acertou , os gols foram saindo e o resultado final foi um placar tranquilo. O bom resultado passa muito pela participação dos jogadores que se dedicaram ao máxima, muita disposição e união do grupo – Disse, o jovem treinador do Nove de Julho.

 

Sobre o adversário da final, Leandro, rechaçou qualquer tipo de preferência. Exaltou as duas equipes e usou o velho chavão do futebol para avaliar o seu próximo adversário: “Se chegaram até aqui é porque tem méritos”.

 

– Não temos preferência. São duas boas equipes, uma tem uma camisa forte, time de tradição no futebol  de várzea, a outra se não tem a tradição do Tiradentes, demonstrou ao longo da competição que tem chances de chegar  e brigar pelo título. São duas boas equipes, se chegaram até aqui é porque tem méritos – Finalizou.