Oleksandr Usyk, o novo campeão mundial dos pesos pesados, esbanja simpatia e bom humor. É disparado personagem mais agradável na nobre arte atual. Sempre com boas declarações e com o sorriso no rosto, cativa a todos os presentes e se destaca pelo boxe de alto nível técnico e físico apresentado em suas lutas, como foi diante de Anthony Joshua, no sábado, em Londres, diante de 66.267 espectadores no estádio do Tottenham.
Antes da luta, Usyk se apresentou na entrevista coletiva vestido de Coringa e ficou admirado com o físico do rival. Após a vitória foi até o vestiário de Joshua, lhe entregou os cinturões que tinha conquistado. Recebeu os cumprimentos de Derek Chisora, seu último rival antes da luta pelo título, e festejou o feito histórico ao lado dos compatriotas Vitali Klitschko and Andriy Shevchenko.
Sua humildade e simplicidade podem ser explicadas talvez pela infância que teve em Simferopol, cidade de menos de 400 mil habitantes, capital da República Autônoma da Crimeia, território este que foi anexado pela Rússia em 2014. Este é único ponto que deixa Usyk nervoso, pois não admite ser chamado de russo.
Usyk foi jogador de futebol e vendeu comida na rua, feita por sua mãe, na adolescência, antes de entrar no boxe. Foi medalha de ouro na Olimpíada de Londres-2012 entre os pesos pesados, além de campeão mundial amador. Ganhou o torneio Super Series, quando enfrentou os melhores cruzadores do momento, ficando com todos os títulos da categoria.
O próximo objetivo de Usyk é lutar em Kiev, diante de seu povo. Vitali Klitschko, prefeito de Kiev, já anunciou que o trabalho já está sendo feito.