Um efetivo volante de 150 homens para patrulhar o maior terminal aéreo do País, cujo fluxo em 2010 girou em torno de 27 milhões de passageiros. Esse é o grande desafio do novo delegado da Polícia Federal do Aeroporto de Cumbica, Antonio Wagner Gonçalves Castilho, 49 anos, que assumiu o comando no último dia 12.
Uma amostra do que está por vir foi constatado na primeira semana após assumir o comando quando mais de 100 quilos de drogas foram apreendidos. "Nosso efetivo é reduzido, mas é muito bom e qualificado, pois tem dado conta do recado", diz Castilho, que comandou uma grande apreensão de drogas.
"Logo de cara, em um dia só, pegamos 70 kg de entorpecentes, que somados ao tanto apreendido no fim de semana chegam quase a 100 kg". No entanto, o tamanho da responsabilidade não assusta Catilho, já que o delegado retorna ao posto policial onde já atuou como agente em também dirigiu o local em 2001.
Apesar de elogiar os policiais, Castilho acredita que o efetivo seria melhor, caso tivesse mais homens integrados ao trabalho. "Nosso efetivo é compromissado, atuante e há tempos é visto como um dos melhores, tanto que no ano passado apreendeu mais de 1.800 kg de drogas, mas precisamos de mais gente para compor esse trabalho", disse ele sem revelar qual o número ideal de agentes para prestação de serviços no aeroporto. "Fazer essa conta seria uma irresponsabilidade", avaliou.
Durante o tempo que a reportagem permaneceu no local três pessoas foram presas
Durante a entrevista, de pouco mais de uma hora, com o delegado Antônio Wagner Eduardo Castilho, na delegacia da Polícia Federal no Aeroporto de Cumbica, três homens foram presos sob a acusação de tráfico internacional de drogas, pois tentavam embarcar com cocaína líquida.
Ao comentar a prisão, Castilho elogiou novamente seus policiais. "Aparelhos eletrônicos de última geração, cães e todo outro aparato auxiliam nas operações da Polícia Federal, mas a melhor máquina ainda é a humana, pois só o homem tem a sensibilidade necessária para interpretar possíveis ações criminosas", diz o delegado.
Mesmo com as frequentes prisões, o chefe da PF de Cumbica, acredita que não terá problemas para administrar a rotina de trabalho no aeroporto. "O princípio de gestão é o mesmo em todas as delegacias, guardadas as particularidades de cada uma delas e acredito ter uma boa experiência", diz ele.
A particularidade de Cumbica, para Castilho, está no atendimento ao chamado fluxo migratório de pessoas. "Lidar com bandido é a parte fácil, porque todos sabem como é, mas nós temos de ter excelência no tratamento ao cidadão de bem, pois ele merece respeito e deve ser tratado de forma correta no atendimento", finalizou. (CG)