Como o Teatro Domus Operae, o imóvel destinado a abrigar o acervo musical de Elomar, projetado por ele, é integrado à paisagem da Gameleira. Tem forma de curral de carneiros, similar ao que abriga os animais de seu rebanho. Dali se pode ver o umbuzeiro, os pés de mandacaru, toda a vegetação da caatinga, o contorno da serra e os animais que vivem soltos. Admiradores e especialistas em sua obra terão acesso a diversas peças raras e inéditas, gravadas em fitas de áudio e vídeos. Haverá uma sala equipada com esse fim. Quanto à digitalização desse acervo, ainda não há planos, como conta João Omar. Só quem se dispuser a ir até a Casa dos Carneiros poderá ter acesso ao material.
A encorpada discografia de Elomar, lançada em vinil e CD, muitos por conta própria, está quase toda fora de catálogo, e difícil de ser encontrada até em sebos e sites de vendas. Alguns exemplares ainda podem ser comprados na fazenda, bem como seus livros. Agora, há ainda muita coisa nova a ser publicada. No acervo de 80 fitas de Elomar, podem ser encontrados fragmentos de óperas, antífonas e peças do romanceiro.
Recentemente, Elomar concluiu sua quarta ópera, Peão Mansador, de um projeto inicial de 11, que depois, por falta de tempo, foram reduzidas para seis. No momento, trabalha na conclusão de A Casa das Bonecas. Em seguida, vem De Nossas Vidas Vaporosas. Conforme sua assessora, ele também vai pegar no baú temas e fragmentos embrionários do Romanceiro do Ciclo do Gado e do Ouro. Para acompanhar as atividades da Ocupação Elomar, as informações estão no site http://conteudopublicacoes.com.br/elomar/index.html. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.