O novo governo populista da Itália negou permissão para atracar um barco que transportava centenas de imigrantes resgatados na costa da Líbia, após uma campanha para suspender a imigração em massa para a Itália, deixando o navio encalhado.
O governo italiano pediu para o governo de Malta levar os 629 imigrantes resgatados neste fim de semana e agora a bordo de um barco gerenciado pelo grupo de ajuda SOS Mediterranee. No entanto, a pequena nação declinou, argumentando que não tem obrigação de receber os imigrantes.
Como resultado, o barco, que, de acordo com o grupo de ajuda, transporta 123 menores desacompanhados, 11 outras crianças e sete mulheres grávidas, ainda estava à deriva no Mediterrâneo, esperando instruções sobre onde permitir que os imigrantes desembarcassem.
A decisão da Itália representa a primeira ação do novo governo para afirmar um novo rumo em sua política de imigração, que visa conter o fluxo de imigrantes africanos e do Oriente Médio indocumentados.
O governo formado pelo movimento anti-establishment 5 Estrelas e a Liga de extrema direita prometeu suspender o que eles descrevem como “o negócio da imigração” e deportar meio milhão de imigrantes agora em solo italiano. A coalizão também prometeu pressionar os parceiros europeus da Itália a aceitar imigrantes resgatados.
“Salvar vidas é um dever. Transformar a Itália em um enorme campo de refugiados, de jeito nenhum”, escreveu Matteo Salvini, ministro do Interior da Itália e líder da Liga, no Facebook. “A Itália parou de inclinar a cabeça e obedecer”. Fonte: Dow Jones Newswires.