A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) promoveu nesta sexta-feira (18) a 10ª edição do Desafio Cross no Núcleo Cabuçu do Parque Estadual da Cantareira. Ao todo 54 profissionais, entre agentes da Compdec, do Tiro de Guerra e da Guarda Civil Municipal, além de bombeiros em atuação e em formação, foram colocados à prova em nove grupos para testar habilidades físicas, de atendimento pré-hospitalar e de resgate a vítimas em grandes alturas, inundações e áreas de difícil acesso, como a mata.
A capacitação é o encerramento de uma série de simulações, cursos e treinos que os agentes da Compdec fazem anualmente para manter os conhecimentos atualizados até a chegada da temporada de chuvas fortes, época em que aumenta o número de chamados por desastres naturais. O período deve começar em dezembro deste ano e terminar em março de 2023. “Essa prova é muito importante porque se aproxima do cenário real que vivenciamos em ocorrências”, explica o coordenador da Defesa Civil, Waldir Pires.
A largada para os desafios propostos foi iniciada por uma corrida de um quilômetro em trilha na qual os agentes tinham que procurar e encontrar as vítimas – simuladas por soldados do Tiro de Guerra – na mata, com fraturas e indícios de hemorragia. Sob o monitoramento de fiscais que anotaram as pontuações, cada brigada socorreu um ferido com técnicas de atendimento pré-hospitalar, verificando os sinais vitais e comunicando o serviço ambulatorial sobre os traumas detectados. A etapa seguinte foi percorrer uma área íngreme carregando as vítimas imobilizadas em macas.
No segundo ciclo da prova os agentes praticaram exercícios de força e equilíbrio a fim de prepará-los para ocorrências em altura. Com tempo cronometrado, foram avaliados na subida de escadas formadas por cordas, na travessia em cabos instalados entre árvores e em descida com rapel.
A disputa foi finalizada com a simulação de salvamento a vítimas em enchentes. A represa do parque foi atravessada a nado pelos agentes, que foram testados também no uso dos equipamentos de proteção individual aquáticos. O objetivo era chegar até a vítima e tirá-la da água em segurança. “É muita adrenalina. Nós nos esforçamos, disputamos e trabalhamos em equipe. É cansativo, mas no final há aquela sensação de alívio e de dever cumprido”, revelou o agente da Compdec Gildo Soares, que participou de todas as edições do treinamento.