O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou alta de 0,41% em julho, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado foi inferior ao de junho, quando a variação havia sido de 0,53%. No mesmo período de comparação, o indicador cheio apurado pela instituição passou de uma taxa de inflação de 0,33%, em junho, para 0,10% no mês seguinte.
A medida de núcleo do IPC-S é calculada por médias aparadas com suavização, com a exclusão de 20% das maiores altas e de 20% das maiores quedas de preços dos itens coletados pela FGV. Em julho, foram excluídos 42 dos 85 itens de expressão componentes do IPC-S. Destes 42 itens eliminados, 21 registraram variações abaixo de 0,04%, que foi a linha de corte inferior, e outros 21 apresentaram taxas acima de 0,69%, que foi a linha de corte superior.
Nos últimos 12 meses acumulados até julho de 2014, o núcleo do IPC-S atingiu alta de 5,78%, o que representou aceleração ante a marca de 5,60% acumulada até junho. No mesmo período, o índice cheio também avançou. Atingiu variação positiva acumulada em 12 meses de 6,85% até julho ante 6,55% no acumulado até junho.
Indicador de difusão
De acordo com Paulo Picchetti, pesquisador da FGV, o indicador de difusão do IPC-S alcançou a marca de 61,47% em julho. O resultado não apenas ficou mais baixo do que o de 65,59% de junho como também representou o menor nível desde agosto do ano passado, quando ficou em 57,35%. Em julho de 2013, havia atingido marca bem mais amena, de 49,71%.
A medida do indicador de difusão representa o porcentual de preços de itens em alta do IPC-S, que é coordenado por Picchetti e abrange sete capitais do País: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife. Segundo ele, o número mais baixo de julho tem ligação com os preços da Alimentação, que, em julho, tiveram queda de 0,25% no IPC-S, ante alta de 0,08% em junho.
Em julho de 2014, o índice geral da FGV apresentou taxa de 0,10%, ante inflação de 0,33% em junho. No sétimo mês de 2013, o IPC-S havia registrado taxa em deflação de 0,17%.