O setor automobilístico tinha 136.929 pessoas contratadas em junho, 0,9% a menos do que o registrado em maio, quando os trabalhadores somavam 138.200. Na comparação com junho do ano passado a queda foi 9,6%, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, divulgados hoje (6), na capital paulista.
Segundo o presidente da associação, Luiz Moan, há hoje 36,9 mil empregados em férias individuais, coletivas, com contrato suspenso ou licença remunerada, o que equivale a 27% da força de trabalho das montadoras. “Isso demonstra o esforço que o setor está fazendo para fazer a manutenção e a proteção do nível de emprego”.
Moan ressaltou que o setor está esperançoso com o que será anunciado pela presidenta Dilma Rousseff no Plano de Proteção ao Emprego. “Nós acreditamos que seja possível ajustar o nível de custo à necessidade de produção”.
De acordo com a associação das montadoras, o estoque de veículos é suficiente para atender o mercado durante 47 dias. “Nós havíamos previsto que o ajuste via produção ia acontecer de maneira forte”, disse Moan.
Além disso, ele disse que o plano do governo colocará uma regra para as montadoras e dará flexibilidade e segurança jurídica para que o setor trabalhe de forma tranquila para proteger o nível de emprego. “Estamos perseguindo isso nos últimos tempos. O risco de perder o emprego é o fator inibidor da nossa economia”.
Moan destacou que cada empresa poderá negociar com seus funcionários com base nas regras previstas no Plano de Proteção ao Emprego. O pagamento da participação nos lucros e resultados se enquadra em um instrumento opcional das empresas e está sendo discutido o sindicato. “O que estamos assistindo nos últimos anos é cada vez mais a compreensão do lado sindical das dificuldades pelas quais passam as empresas”.