Após audiência para discutir polêmicas envolvendo crianças de um abrigo municipal na região de Bonsucesso, a Promotoria de Justiça de Direitos da Infância e da Juventude apontou que o número de funcionários responsáveis por atividades sócioeducativas é insuficiente e deve ser revisto.
Como publicado pelo HOJE, moradores afirmaram que os abrigados causaram problemas a crianças do bairro e teriam ateado fogo em cortinas de uma escola estadual e ameaçado a direção de outro colégio, há cerca de um mês. No local, a reportagem apurou que as crianças estão em situação de vulnerabilidade, uma vez que pulam os muros e os portões do abrigo e transitam pela rua sem supervisão.
Leia aqui a matéria que o HOJE publicou sobre situação do abrigo
Na audiência, que ocorreu no último dia 11, o MP estabeleceu que a empresa gestora do abrigo, a Dignitas, e a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (SAS) devem promover o aumento no número de funcionários.
A questão pode ter empecilhos burocráticos, uma vez que o número de profissionais do abrigo foi estabelecido por contrato. Está prevista para o 30 de maio uma segunda audiência para que a empresa e o município dêem um parecer.
Segundo a promotora de Direitos da Infância e da Juventude, Renata Gonçalves, outro ponto falho é a falta de veículos para o transporte das crianças aos locais em que elas deveriam participar de atividades educativas e profissionalizante, além do acompanhamento médico. Quanto a isto, a SAS deve se manifestar até o início do mês que vem. "Todas estas questões devem ser revistas para o melhor atendimento a estas crianças", disse a promotora.