O governo dificilmente conseguirá atingir a meta de visitar todos os imóveis do País até o dia 29 de fevereiro em busca de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Balanço divulgado nesta sexta-feira, 26, mostra que, a poucos dias do término do prazo, equipes de agentes comunitários de saúde, agentes de endemias e integrantes das Forças Armadas visitaram o equivalente a 61,8% do que havia sido previsto.
Até agora, foram inspecionados 41,5 milhões de domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais. O número foi comemorado pelo Ministério da Saúde, por ser expressivamente maior do que o contabilizado no balanço anterior: 27,4 milhões.
Apesar do aumento do ritmo, os dados indicam que o prazo para o cumprimento da meta deverá ser prorrogado pela segunda vez. Em janeiro, diante do descumprimento do objetivo, o governo adiou para o fim de fevereiro o prazo para visitação de todas casas, imóveis e terrenos do País em busca de criadouros do mosquito. Semana passada, ao ser questionado se a meta não era muito ambiciosa, o ministro da Saúde, Marcelo Castro respondeu: “Fizemos aquilo que teria de ser feito.”
Os dados mais recentes mostram que Minas Gerais foi o Estado que, em números absolutos, fez maior número de visitas: 7,2 milhões de imóveis foram percorridos. Em seguida vem São Paulo, com 6,2 milhões; Rio de Janeiro, com 3,7 milhões, e Bahia, 3,6 milhões.
Durante as visitas, foram identificados 1,3 milhão de imóveis com focos do mosquito, o equivalente a 3,3% do total de visitados. O ideal é que o foco seja encontrado em menos de 1% dos imóveis visitados.