Internacional

Número de mortos em ataque do Estado Islâmico em Bagdá sobe para 151

O número de mortes em um ataque suicida com caminhão-bomba no centro da capital do Iraque, Bagdá, subiu para pelo menos 151, segundo autoridades de segurança e de saúde do país. Outras 195 pessoas ficaram feridas no atentado. O número de mortos, no entanto, segue conflitante. O canal de televisão CNN, por exemplo, tem relatado 200 mortos.

O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo atentado que ocorreu no domingo pela manhã (no horário local), atingindo o bairro central de luxo de Karrada onde as ruas estavam cheias de jovens e famílias que estavam encerrando o jejum do Ramadã.

O bombardeio marcou o primeiro grande ataque do grupo extremista na capital iraquiana desde que ele perdeu a cidade vizinha de Fallujah para as forças iraquianas no mês passado. Uma série de derrotas na Síria e no Iraque desde o outono passado levaram os militantes a reverterem para mais táticas de guerrilha, como ataques suicidas contra civis em áreas urbanas.

O bombardeio no bairro de Karrada acendeu uma crise sobre a situação de deterioração da segurança na capital. Quando o primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, visitou o local horas depois da explosão, multidões furiosas o xingaram, chamando-o de ladrão e jogando sapatos e pedras em seu carro.

Na noite de domingo, Abadi emitiu um comunicado anunciando um aumento nos esforços de segurança e de inteligência e ordenou que o uso de um dispositivo de detecção de bombas, amplamente criticado, deveria ser desativado, segundo a Associated Press.

O Estado Islâmico disse em um comunicado divulgado pela internet que tinha como alvo uma reunião de xiitas. O grupo militante sunita e outros extremistas sunitas rejeitam os xiitas, chamando-os de politeístas

Minutos após o bombardeio em Karrada, um dispositivo explosivo improvisado foi detonado na vizinhança a leste de Bagdá, matando quatro pessoas e ferimdo outras 16, disse o Ministério do Interior. A explosão tinha como alvo jovens iraquianos que estavam fazendo compras no noite do feriado muçulmano de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã e começa esta semana. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo segundo ataque. Fonte: Dow Jones Newswires.

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