O prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) disse nesta quarta-feira, 24, que 126 pichadores foram presos nos quase cinco meses de sua gestão. O número é o dobro de detenções efetuadas em todo o ano de 2016, na administração do ex-prefeito Fernando Haddad (PT).
Conforme publicado pela reportagem, até 20 de abril, 72 pessoas foram conduzidas pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), enquanto 60 passaram pelo procedimentos nos 12 meses do ano passado. Se considerado o mesmo período, a Prefeitura havia prendido quatro pichadores até abril de 2016. Somando os detidos pela Polícia, o saldo é de 126 pichadores neste ano.
Sancionada em fevereiro deste ano, a lei antipichação prevê multa de R$ 5 mil para pichadores e de R$ 10 mil em caso de reincidência. A legislação também determina a proibição da venda de sprays para menores de 18 anos, sob pena de multa de R$ 5 mil.
Segundo Doria, que avaliou os primeiros três meses após a aprovação da lei, a gestão optou por aplicar advertências no lugar de multa. Foram advertidas seis lojas de pequeno porte no período. “Grande lojas de varejo estão obedecendo bem”, disse o tucano.
MAR
Os números foram anunciados durante coletiva de imprensa de divulgação dos projetos vencedores da primeira etapa do Museu de Arte de Rua (MAR). O primeiro mural a ser pintado será na Rua Moacyr Vaz de Andrade, no Tucuruvi, na zona norte da capital, com início previsto para este domingo, 28.
Ao todo, serão investidos R$ 200 mil para oito projetos, escolhidos dentre 23 inscritos. Doria prometeu que até dezembro a cidade terá quatro MARs.
O prefeito descartou ainda a realização de grafitagem do Museu na Avenida 23 de Maio. Ele disse que, na via, permanecerão os sete grafites que foram mantidos e que, ao todo, serão implementados 10 quilômetros de Corredor Verde. “Se (os artistas dos sete murais) quiserem atualizar os painéis, podem fazê-lo”, afirmou Doria, destacando que a fuligem pode ofuscar as cores das obras.