Um praticante certa vez perguntou a um mestre Zen, que ele considerava muito sábio:
– Quais são os tipos de pessoas que necessitam de aperfeiçoamento pessoal?
– Pessoas como eu, comentou o mestre. O praticante ficou espantado:
– Um mestre como o senhor precisa de aperfeiçoamento?
– O aperfeiçoamento, respondeu o sábio, nada mais é do que vestir-se, ou alimentar-se…
-Mas, replicou o praticante, fazemos isso sempre! Imaginava que o aperfeiçoamento significasse algo mais profundo para um mestre.
-O que achas que faço todos os dias? – retrucou o mestre. A cada dia, buscando o aperfeiçoamento, faço com cuidado e honestidade os atos comuns do cotidiano. Nada é mais profundo do que isso.
Este conto zen nos mostra, que viver é aperfeiçoar, desde que façamos com dedicação as coisas do dia a dia. Pequenos atos com dedicação valem muito mais do que grandiosos eventos por obrigação.
O cotidiano nos impõe uma rotina que, muitas vezes, nos cansa, mas refletir sempre sobre o quanto me aperfeiçoei e o quanto estou me aperfeiçoando nos faz sentir seres cada vez melhores.
Portanto reflita, e compreenda que o aperfeiçoamento pessoal não é aparentar-se melhor a cada dia realizando grandes coisas, mas realizar pequenas coisas que nos fazem sentirmos melhor a cada dia.
Julio Ganiko é terapeuta, consultor em terapias orientais e palestrante