O Brasil deve seguir seu caminho promissor

A crise econômica que atinge a Europa está se agravando a cada dia. Agora, além do impacto provocado pela difícil situação da Grécia, Irlanda e Portugal, a “troika” – o FMI, o Banco Central Europeu e a Comissão Européia – teve que injetar um gigantesco socorro de mais de €100 bilhões para salvar os bancos espanhóis da quebradeira generalizada.

Para piorar, crescem as divergências sobre as medidas a serem adotadas para enfrentar a crise, como ficou claro depois da eleição do socialista François Hollande para a presidência da França. Ao contrário da chanceler alemã Angela Merkel, que vem seguindo a velha cartilha da austeridade fiscal,Hollande  defende uma retomada do crescimento econômico com geração de empregos. A seu favor, o líder francês tem o agravamento do desemprego e da recessão na Europa depois de anos de política ortodoxa. Parece, portanto, inevitável uma mudança desse receituário econômico.

Em função da globalização econômica, todo esse cenário de crise acaba produzindo reflexos negativos em nosso país, como ficou demonstrado nesses primeiros meses de 2012. A presidenta Dilma Rousseff agiu com firmeza e agilidade para combater os efeitos da crise ao adotar medidas preventivas,como a diminuição das alíquotas tributárias de determinados produtos de nossa cadeia produtiva – entre elas a linha branca, automóveis e construção civil –, aliada a uma política consistente de redução dos juros.

Apesar do agravamento da crise na Europa e no mundo, projeções da ONU indicam que alguns países, como a China, o Brasil e a Alemanha, vão continuar crescendo e gerando empregos, embora em ritmos diferentes.

Quando cada um de nós se depara com dificuldades, age naturalmente com maior cautela. Mas isso não impede que se mantenha a confiança e o otimismo. Com uma nação deve acontecer o mesmo. O Brasil não pode mergulhar num negativismo estéril, muitas vezes construído de forma artificial, principalmente por setores com interesses escusos. Ao contrário do que muita gente pensa ou torce, o Brasil continuará crescendo, gerando empregos e distribuindo renda e, cada vez mais, ocupando um lugar de destaque no cenário macroeconômico e na geopolítica mundial.