O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, vem se revelando um dos melhores quadros do governo Dilma Rousseff. Com bom trânsito na cúpula governamental, respeitado nos diferentes segmentos dos setores de saúde, dinâmico e dono de uma visão de futuro para o Ministério, sua gestão tem tudo para emplacar importantes marcas.
No último dia 9, o ministro esteve em Guarulhos, no CEU Presidente Dutra, participando de ações de prevenção a obesidade, que fazem parte do rol de atividades do Programa Saúde na Escola. Visando envolver mais de 50 mil estabelecimentos de ensino em 2.500 municípios, o Programa objetiva implementar metas e ações de promoção, prevenção, educação e avaliação das condições de saúde das crianças e adolescentes nas escolas.
Dados nacionais de pesquisa feita pelo IBGE em 2008/2009 dão conta que uma em cada três crianças com idade entre cinco e 9 anos estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Entre os jovens de
As crianças estão submetidas a um bombardeio consumista veiculado pelos meios de comunicação. Cabe à escola orientá-las para uma alimentação saudável; cabe ao Ministro de Saúde encarar a obesidade infantil como um grave problema de saúde pública – embora nem um, nem outro poderá substituir o papel de pais e avós na educação alimentar das nossas crianças.
Outro ponto muito positivo da gestão de Padilha está no esforço de criar Escolas de Medicina em regiões metropolitanas. Como Guarulhos se enquadra nos requisitos necessários para pleitear uma universidade de Medicina, o ministro já se comprometeu a levar o pleito do prefeito Sebastião Almeida à presidenta Dilma Rousseff.
O fato é que, contrariando o corporativismo de parcela da classe médica, entre eles o todo poderoso Conselho Federal de Medicina, que é contra a ampliação de cursos de Medicina, o Governo Federal deverá criar novas faculdades de Medicina.
José Luiz Guimarães
Vereador (PT) e líder do Governo na Câmara. Escreve às quintas-feiras nesta coluna
