Internacional

Obama anuncia rejeição do oleoduto Keystone XL, que ficaria nos EUA e no Canadá

O governo dos EUA rejeitou nesta sexta-feira o oleoduto Keystone XL, encerrando uma análise do projeto carregada politicamente que durou mais de sete anos e gerou um amplo debate sobre energia, mudança climática e economia.

“O Departamento do Estado decidiu que o oleoduto Keystone XL não serviria aos interesse nacionais dos EUA”, afirmou o presidente do país, Barack Obama, em discurso na Casa Branca. “Eu concordo com essa decisão”, acrescentou. Obama citou a urgência da mudança climática e a necessidade de liderança norte-americana nessa questão como razões para sua decisão.

Obama, que tem feito das questões ambientais uma peça-chave de seu segundo mandato, vinha sinalizando profunda apreensão com o projeto enquanto ele busca uma agenda expansiva para combater a mudança climática.

Nesta sexta-feira, Obama afirmou que o oleoduto ocupou um papel exagerado do discurso político e destacou que ele não seria a salvação para a economia. Segundo o presidente, o projeto não reduziria os preços da gasolina e do dás, não melhoraria a segurança energética nem daria uma contribuição de longo prazo para a economia. “Se o Congresso estiver levando a sério a vontade de criar empregos, esse não é o caminho para isso”, disse.

O Keystone XL transportaria cerca de 830 mil barris por dia, a maior parte de areias betuminosas do Canadá, para o estado norte-americano de Nebraska, a partir de onde o duto se conectaria com outros que seguem para as refinarias do litoral do Golfo do México. Se fosse construído, o Keystone XL teria 2.735 km e cruzaria seis estados dos EUA.

A companhia por trás do projeto, a TransCanada, solicitou permissão do Departamento de Estado dos EUA para construir do oleoduto em setembro de 2008. No entanto, no começo desta semana, após muitos reveses, especialmente ambientais, a empresa pediu que o Departamento de Estado suspendesse a solicitação enquanto o estado de Nebraska concluísse uma análise.

Isso poderia ter dado ao governo de Obama um meio de adiar a decisão para o próximo presidente, em 2017, mas a Casa Branca deixou claro nesta semana que Obama planejava agir e não tinha intenção de deixar a decisão para seu sucessor. Fonte: Dow Jones Newswires.

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