O presidente dos EUA, Barack Obama, chegou à Arábia Saudita nesta quarta-feira em uma viagem destinada a firmar o que tem se tornado uma relação estremecida com a região e tratar de questões que vão da luta contra o Estado Islâmico até agressões do governo do Irã. No entanto, na Arábia Saudita Obama vai encontrar aliados frustrados que já começaram a olhar para o próximo governo norte-americano, que será eleito no fim deste ano.
Obama planeja passar cerca de 28 horas na capital saudita em reuniões com o rei Salman esta tarde e em um evento na quinta-feira promovido por líderes do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico, composto por seis países.
Antes da reunião desta quarta-feira no Palácio Erga, Obama e o rei Salman se cumprimentaram publicamente. O rei afirmou que ele e o povo saudita “estão muito contentes” com a visita de Obama. O presidente dos EUA, por sua vez, agradeceu o monarca pela hospitalidade.
Também em Riad, o secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, reiterou o compromisso de seu país com a segurança da Arábia Saudita e seus aliados do Golfo, apesar do histórico acordo nuclear fechado entre os EUA, o Irã e outras cinco potências mundiais em julho do ano passado. Carter afirmou que os EUA concordaram com mais de US$ 33 bilhões em vendas de armas para países do Golfo em maio de 2015.
“Os EUA compartilham com nossos parceiros do Conselho de Cooperação do Golfo a visão de que, mesmo que o acordo nuclear impeça o Irã de obter uma arma nuclear, existem muitas questões a serem avaliadas com relação ao comportamento do Irã na região”, disse Carter depois de se reunir com ministros de Defesa do grupo, que inclui Kuwait, Omã, Bahrein, Catar e Emirados Árabes Unidos, além da Arábia Saudita.
A viagem de Obama, talvez a última de seu governo, serve como capítulo final para uma administração que buscou um “novo começo” para as relações entre os EUA e o mundo muçulmano, mas agora está enfrentando a perspectiva de uma conclusão tensa para essa história. Fonte: Dow Jones Newswires.