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Obama propõe seguro de salário e expansão de seguro-desemprego

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou neste sábado propostas para oferecer seguro de salários e expandir benefícios a desempregados, como parte de um esforço mais amplo da Casa Branca para criar oportunidades para trabalhadores. Obama disse em seu discurso semanal que o sistema de seguro-desemprego deve ser modernizado e detalhou um plano para ajudar os trabalhadores demitidos a substituir salários perdidos e treinar para uma nova carreira.

“Se uma norte-americana trabalhadora perde o emprego, independentemente de qual Estado vive, devemos assegurar que possa obter o seguro-desemprego e alguma ajuda para treinar novamente para seu próximo trabalho,” disse Obama. “Se ela encontrar um emprego que não paga tanto quanto seu antigo, devemos oferecer algum seguro salário que ajude a pagar suas contas.”

O presidente dos EUA propôs um programa de seguro-salário durante seu discurso do Estado da União no início desta semana e deu detalhes adicionais neste sábado. O programa ajudaria a compensar a renda perdida por um trabalhador que aceita um emprego de menor pagamento. Sob o plano de Obama, uma pessoa que trabalhava no mesmo emprego por pelo menos três anos antes de ser despedida pode ter metade de seus salários perdidos substituídos – até US$ 10 mil em dois anos – se assumir uma nova posição que paga menos de US$ 50 mil por ano.

Obama disse que seu plano daria estabilidade a famílias e incentivaria os trabalhadores demitidos a encontrar novos empregos. “Nós não deveríamos apenas estar falando sobre o desemprego”, disse. “Nós deveríamos estar falando sobre re-emprego.” No passado, o presidente dos EUA já pediu mudanças no sistema de desemprego, mas tem enfrentado resistência no Congresso. O novo plano para garantir que os trabalhadores tenham acesso ao seguro salarial e para expandir a cobertura de seguro-desemprego integrará a proposta de orçamento, que requer a aprovação dos legisladores.

Programas de seguro-desemprego variam em cada Estado, mas normalmente trabalhadores demitidos recebem uma parcela de seu salário anterior, com base em uma fórmula, considerando salários e tempo no trabalho, por até seis meses. No entanto, vários Estados reduziram o período máximo de benefícios. Na Carolina do Norte, um trabalhador demitido pode receber o valor por um máximo de 13 semanas. A proposta da Casa Branca seria fazer das 26 semanas de benefícios o padrão nacional e automaticamente fornecer até 52 semanas adicionais de benefícios financiados pelo governo federal para os Estados com repentinas perdas de emprego ou elevada taxa de desemprego.

Muitas vezes, o Congresso estende benefícios de “emergência” para além dos máximos estaduais quando a economia está em uma recessão ou se recuperando. Após a crise financeira de 2008, o Congresso ampliou benefícios para um máximo de 99 semanas. Legisladores deixaram expirar o financiamento para essa extensão no fim de 2013, interrompendo o pagamento de benefícios a mais de 1 milhão de norte-americanos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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