Estadão

Obi-Wan Kenobi: nova série da Disney+ traz reencontro do Jedi com Darth Vader

A entrevista com o ator Hayden Christensen para a série Obi-Wan Kenobi foi cercada de mistério. Assim como aconteceu nos lançamentos das outras produções de Star Wars, há pouca informação antes da estreia marcada para esta sexta-feira, 27, no Disney+. Só o trailer e nada mais. O resto fica por conta da imaginação do jornalista, que precisa preencher a lacuna entre o filme Star Wars: A Vingança dos Sith e a série do mestre Jedi.

Afinal, Obi-Wan Kenobi é mais uma produção que, assim como Rogue One, The Mandalorian e O Livro de Boba Fett, se passa em um período eclipsado da história de Star Wars. Fica entre os três filmes de origem (A Ameaça Fantasma, O Ataque dos Clones e A Vingança dos Sith) e o longa-metragem que deu o pontapé na franquia, Guerra nas Estrelas (1977). É, portanto, uma história que cobre um longo período em que os Sith governaram a galáxia.

Obi-Wan, que volta a ser vivido na tela por Ewan McGregor, está em exílio após a morte dos jedi. A ameaça, além de tropas comandadas pelo Imperador Palpatine, é o temido vilão Darth Vader. O antigo Anakin, pupilo de Obi-Wan, e que também volta a ser interpretado por Hayden Christensen. Um retorno e tanto para o ator canadense, aliás, que não conseguiu encontrar um bom papel após o fim de sua participação na franquia comprada pela Disney.

"Tem sido muito divertido. É um personagem que significa muito para mim e, agora, estou continuando minha jornada com ele", conta Hayden Christensen em entrevista ao <i>Estadão</i>. "Darth Vader é Anakin Skywalker. É um diferente ponto de sua vida, ele parece muito diferente. Mas todo esse conflito é muito consistente. Todos esses sentimentos negativos estão tomando conta dele, de certa forma. Como ator, é agradável participar disso".

Quando questionado sobre o que esperar de Darth Vader em Obi-Wan Kenobi, Christensen olha para o lado e dá um sorriso amarelo. Obviamente, não pode falar – tanto pelos spoilers, quanto pela confidencialidade. "Essa é complicada", conta. "É um Darth Vader muito poderoso. Está consumido por emoções negativas, pelas técnicas do lado sombrio da Força. Você consegue ver tudo isso junto dessa vez".

<b>Sabre de luz</b>

Vale lembrar que Christensen foi apontado por fãs como um dos principais motivos, assim como Jar Jar Binks, pelo fiasco do pouco sucesso desses três filmes, lançados entre o final dos anos 1990 e começo dos 2000. Christensen esteve apenas em dois deles, mas foi o bastante para marcar essa base de fãs engajada, principalmente por conta das desconfortáveis cenas de romance entre Anakin e Padmé (Natalie Portman).

Hoje, o canadense diz ter uma boa relação com esses fãs – sem mágoas, aparentemente. "Tenho uma ótima relação com os fãs que encontro, como em convenções de fãs. Afinal, dá para ver a paixão deles pela história, o que o personagem significa para eles. No final, é muito gratificante para mim", diz Hayden.

E a atuação? O que esperar desse Christensen 17 anos mais velho, depois dos eventos em A Vingança dos Sith? "Levei muito tempo para me preparar para isso, o que é muito legal. É um personagem que eu conheço muito bem. A preparação física foi a parte mais difícil. Muito treinamento em busca do corpo ideal. Mudei a dieta, estava comendo muita comida. Mas estava trabalhando com pessoas ótimas, com excelentes preparadores físicos", diz.

Posso ajudar?