A Prefeitura embargou as obras de recuperação da fachada do Edifício Copan, um dos prédios mais simbólicos de São Paulo. O motivo é que os trabalhos foram iniciados sem a devida autorização do Conpresp, o órgão municipal de proteção ao patrimônio. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o edifício é tombado desde 2012.
O síndico Affonso Celso Prazeres de Oliveira confirmou que foi notificado no início da tarde desta quinta-feira, 5. Ele tem 10 dias para apresentar sua defesa e disse estar “tranquilo” de que conseguirá se justificar à administração municipal de modo que as obras não sejam interrompidas. “Já estamos elaborando nossa estratégia”, afirmou. Oliveira disse que pretende entregar sua defesa na terça-feira.
A Subprefeitura da Sé confirmou, em nota, o embargo. De acordo com a administração municipal, além da falta das autorizações do órgão de proteção ao patrimônio, o edifício também não apresentou “um projeto com o pedido de reforma junto à Prefeitura”. O valor da multa, entretanto, ainda não foi devidamente calculado, conforme informou a Assessoria de Comunicação do órgão.
Orçadas em R$ 23 milhões, as obras foram iniciadas em 5 de outubro. A previsão original era que os trabalhos de restauro levassem três anos. São 46 mil m² de pastilhas, que devem ser retiradas e repostas. Desde 2012, a fachada do edifício está protegida com uma tela azulada, justamente para evitar que nacos do revestimento caiam sobre pedestres. O caixa do condomínio tem R$ 13 milhões para tal fim.
Responsável por embargar a obra, o Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) confirmou que encaminhou “à Subprefeitura da Sé o pedido de fiscalização e providências”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.