Em obra parada há três anos, o terreno na rua Ouro Verde, no bairro Parque Renato Maia, virou ponto de drogas e prostituição segundo moradores da região – que alegam ficar inseguros com os indivíduos que frequentam o local abandonado e alertam para o aumento da criminalidade.
"Antigamente era fechado por tapumes, mas foram removidos pelos donos para retirar o material de obra", conta o operador de máquina Carlos Eduardo Leite, 33 anos. Segundo ele, o terreno é invadido por usuários de drogas e por travestis que usam o local para atender seus clientes. "Eu abro a janela para fumar e diversas vezes eu vejo sair travestis com caras estranhos", completa.
Crimes – Inclusive, Leite conta que sua casa foi assaltada e levaram diversos aparelhos eletrônicos e dinheiro. "Roubaram computador, câmera, roupas e dois mil reis", relata Leite. Ele mostra que embaixo da obra é o local onde as pes- soas usam os entorpecentes e aproveitam para ter relações sexuais. "Eles descem e ficam por lá fazendo as coisas feias", reclama.
O cabeleireiro Otávio Soares Campos, 53, conta que foi assaltado quando trabalhava no seu salão. "Fui abordado a mão armada e os ladrões levaram o carro da minha cliente e meu material de trabalho", conta.
Por não ter nenhuma proteção ao redor da obra, a aposentada Tereza Luiza Camargo Campos, 74, conta que seus dois netos e mais uma criança já se acidentaram dentro da obra. "Eles caíram dentro do buraco e saíram todos ralados. Graças a Deus nada grave aconteceu com eles", comenta. Com a presença frequente dos usuários de drogas, a aposentada diz estar receosa. "Eu tenho muito medo, porque sou uma senhora de idade e aparece muito malandro", finaliza.
O Guarulhos Hoje tentou contatar a empresa responsável pela obra, mas não conseguiu encontrar os responsáveis pela companhia até o fechamento da edição.