A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) planeja expandir duas linhas de trem até a estação Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
Tanto o Expresso Aeroporto, que percorre a linha 13-jade, quanto a linha 11-coral devem ter o serviço estendido até o terminal rodoviário. Hoje, ambas terminam na estação Luz, na região central, e a ideia é que ganhem uma estação a mais, acompanhando o traçado da linha 7-rubi, que já conecta Luz e Barra Funda.
As obras para a expansão já estão em andamento durante as madrugadas nos trilhos da CPTM. A previsão é que o Expresso Aeroporto chegue ao novo endereço no segundo semestre deste ano, e a expansão da 11-coral seja entregue no fim de 2024.
Passageiros que saírem da Barra Funda em direção a Guarulhos poderão fazer conexão com cinco linhas na estação Luz (1-azul e 4-amarela do Metrô; 10-turquesa, 11-coral e 12-safira da CPTM), onde o serviço expresso ainda fará uma parada.
A expansão da linha 13-jade até a Barra Funda é um plano da CPTM desde 2021. O projeto executivo e a obra de implantação dos sistemas estão previstas em um contrato de R$ 158 milhões com um consórcio de três empresas (Telar, Gros e Sprail).
No caso da linha 11-coral, que liga o centro da capital a Mogi das Cruzes (SP) e é a linha mais movimentada da CPTM, a extensão até a Barra Funda deve ser viabilizada com a construção de uma subestação de energia.
PRIVATIZAÇÃO
A expansão das linhas ocorre ao mesmo tempo em que gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) contrata estudos que verifiquem a possibilidade de privatização de todas as linhas da CPTM que ainda estão sob a administração pública.
A concessão pretendida pelo governo é para o conjunto das linhas 10-turquesa, 11-coral, 12-safira, 13-jade, além da futura linha 14-ônix.
As duas linhas atualmente concedidas à iniciativa privada, 8-diamante e 9-esmeralda, apresentam com frequência uma série de problemas, desde superlotação e atrasos a descarrilamento de trens com passageiros. Os trechos são operados pela empresa ViaMobilidade.
O Ministério Público de São Paulo investiga a sequência de falhas nas linhas e diz que os problemas se devem à falta de manutenção preventiva nos trilhos. A empresa afirma que já investiu R$ 1 bilhão no primeiro ano de gestão e que as falhas se devem às condições em que recebeu as linhas e os trens.