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Obras conseguem piorar ainda mais o trânsito no Trevo de Bonsucesso

Quem precisa passar pelo Trevo de Bonsucesso já sabe que perderá muito tempo. Mas nos últimos dias o que era ruim ficou ainda pior, devido a algumas alterações viárias promovidas pela Prefeitura para dar continuidade às obras, que já deveriam ter estar concluídas desde o ano passado, mas ainda não têm data para serem concluídas. 
 
O novo Trevo não é tão velho assim. A última obra foi foi concluída ainda na primeira gestão de Elói Pietá (PT), ao custo de 10 milhões. Em agosto de 2004, dois meses antes de sua reeleição, ele inaugurou o complexo. Porém, sem o devido planejamento e sem um estudo de impacto viário que levasse em consideração o crescimento dos bairros próximos, em pouco tempo se tornou obsoleto. Tanto que o atual prefeito Sebastião Almeida, também do PT, precisou refazer a obra. 
 
 
Em 2012, o anúncio da obra foi usada na campanha de reeleição de Almeida, que afirmou na época ter recursos federais para investir na reestruturação do Trevo de Bonsucesso e das avenidas Juscelino kubitschek de Oliveira e Monteiro Lobato.
 
Em novembro de 2013 durante uma visita da ex-presidente Dilma Rousseff a Guarulhos, a prefeitura anunciou o investimento de R$ 83 milhões nas obras do Trevo que passaria a conter alças independentes para cada destino, dois viadutos e acessos sem semáforos. A obra seria concluída em dois anos.
 
No entanto, quase três anos depois as obras não estão concluídas. Nos últimos dias 6,7 e 8 de setembro as vigas para o novo viaduto foram posicionadas no local. Para que os trabalhos fossem realizados alguns acessos precisaram ser interditados. Alem disso, um novo acesso foi inaugurado, o que confundiu ainda mais os milhares de motoristas que passam todos os dias na região. .
 
 
A auxiliar odontológica, Rachel Vieira, moradora do Residencial Bambi, contou que precisa passar pelo local a bordo do transporte público diariamente. Na ultima quinta-feira (8), ela demorou 40 minutos para acessar a Rodovia Presidente Dutra rumo ao trabalho, chegando atrasada.
 
 
O morador do bairro Água Chata, Thiago Cândido, explicou que não se sente seguro ao passar pelo local de carro. Segundo ele, o tempo de espera pode facilitar a ação de criminosos, principalmente nos horário de pico e períodos noturnos. Thiago utiliza o acesso há 3 anos e acredita que as novas mudanças necessitam de mais sinalização e orientação por parte dos agentes da STT. “Muita gente ainda não entendeu a dinâmica e acaba seguindo o velho trajeto, quando percebem querem voltar, aí vira bagunça”.
 
 
Thiago contou que algumas vezes, para fugir do trânsito, dirige até Arujá para acessar a Rodovia Presidente Dutra sentido São Paulo, pagando pedágio. Apesar de todo o transtorno o morador ainda acredita em uma melhora para a região. “Penso que por hora está muito ruim, mas espero que com a finalização fique bom”.
 
O operador de máquinas, Carlos Eduardo da Silva, utiliza carro e moto para circular pelo Trevo. “Quando estou de carro levo de 25 a 35 minutos para acessar a Dutra. Mesmo de moto é ruim, são de 5 a 10 minutos”. Carlos também acredita que a obra deve trazer benefícios para a região, mas está insatisfeito com a forma como está sendo executada. “Em minha opinião as obras estão sendo muito mal planejadas, pois não fizeram um planejamento sobre o tráfego e uma logística melhor para poder fluir o enorme volume de carros”.                         
O GuarulhosWeb questionou a prefeitura sobre os custos da obra, prazo de entrega e como a Secretaria de Transportes e Trânsito tem auxiliados os motoristas para evitar mais congestionamentos, porém até o fechamento, nenhuma resposta foi enviada.      

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