Cidades

Obras de esgoto do PAC em Guarulhos aparecem com atraso em relatório do Trata Brasil

Apesar do avanço na execução de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Saneamento, 58% dos projetos de esgoto estão em situação inadequada em relação ao cronograma, aponta levantamento feito pelo Instituto Trata Brasil.

 A pesquisa revela que, desse total, 23% das obras estão paralisadas, 22% atrasadas e 13% não foram iniciadas. Foram analisados 149 empreendimentos dos quais 28 estavam concluídas no final de 2013 e 28 em situação normal de andamento.

De seis projetos de Guarulhos, apenas um, referente ao PAC 1, tem 100% das obras concluídas. Trata-se da “ampliação e melhorias da ETE São João e da ETE Bonsucesso.  Outros cinco têm atrasos consideráveis. A implantação da ETE Várzea do Palácio, que o prefeito Sebastião Almeida (PT) já anunciou a inauguração várias vezes neste ano, conta com 64,29%das obras concluídas, segundo o Trata Brasil.

O projeto mais atrasado, do PAC 1 ainda, se rerefere a ampliação do sistema de esgoto  (vertente 3) da ETE São Miguel. Contam 33,27%das obras concluídas e status de paralisada.

Este é o quinto monitoramento sobre o PAC Saneamento feito pelo instituto. O período de análise vai de 2009 até dezembro de 2013. Foram pesquisados empreendimentos de municípios com população superior a 500 mil habitantes. Nesta edição, além de obras de esgoto, foram incluídos também os projetos relacionados a água. No final do ano passado, esse segmento, com um total de 70 obras, contava com 27% de obras concluídas, 21% com andamento normal, 16% paralisadas,  26% atrasadas e 9% não iniciadas.

“As obras concluídas vem aumentando. Se a gente pegar as obras mais antigas, um quarto delas está concluída. Não é muito, considerando que são contratos assinados entre 2007 e 2008, mas já é um avanço”, avaliou Édison Carlos, presidente executivo do Trata Brasil. Ele destaca que o último levantamento indicava 14% de conclusão das obras de saneamento e hoje o percentual é 19%. “O problema é que metade das obras estão com atraso, paralisadas ou atrasadas. São contratos assinados há muitos anos, isso preocupa porque elas já deveriam estar concluídas”, criticou.

A pesquisa diferencia os dados do PAC Saneamento 1 e 2 e o que se observa é que o mais antigo está com 68% de nível de execução nas obras de esgoto, enquanto o PAC 2 está abaixo de 15%. Nos empreendimentos relacionados à água, o PAC 1 tem execução média de 67% e o PAC 2, menos de 5%. “A gente acredita que em mais um ano muitas obras vão ser concluídas, mas, por outro lado, as obras do PAC 2, com contratos de 2011, que deveriam ter começado e estar em ritmo adequado, nem começaram ainda”, lamentou Carlos.

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