A pesquisa revela que, desse total, 23% das obras estão paralisadas, 22% atrasadas e 13% não foram iniciadas. Foram analisados 149 empreendimentos dos quais 28 estavam concluídas no final de 2013 e 28 em situação normal de andamento.
De seis projetos de Guarulhos, apenas um, referente ao PAC 1, tem 100% das obras concluídas. Trata-se da “ampliação e melhorias da ETE São João e da ETE Bonsucesso. Outros cinco têm atrasos consideráveis. A implantação da ETE Várzea do Palácio, que o prefeito Sebastião Almeida (PT) já anunciou a inauguração várias vezes neste ano, conta com 64,29%das obras concluídas, segundo o Trata Brasil.
O projeto mais atrasado, do PAC 1 ainda, se rerefere a ampliação do sistema de esgoto (vertente 3) da ETE São Miguel. Contam 33,27%das obras concluídas e status de paralisada.
Este é o quinto monitoramento sobre o PAC Saneamento feito pelo instituto. O período de análise vai de 2009 até dezembro de 2013. Foram pesquisados empreendimentos de municípios com população superior a 500 mil habitantes. Nesta edição, além de obras de esgoto, foram incluídos também os projetos relacionados a água. No final do ano passado, esse segmento, com um total de 70 obras, contava com 27% de obras concluídas, 21% com andamento normal, 16% paralisadas, 26% atrasadas e 9% não iniciadas.
“As obras concluídas vem aumentando. Se a gente pegar as obras mais antigas, um quarto delas está concluída. Não é muito, considerando que são contratos assinados entre 2007 e 2008, mas já é um avanço”, avaliou Édison Carlos, presidente executivo do Trata Brasil. Ele destaca que o último levantamento indicava 14% de conclusão das obras de saneamento e hoje o percentual é 19%. “O problema é que metade das obras estão com atraso, paralisadas ou atrasadas. São contratos assinados há muitos anos, isso preocupa porque elas já deveriam estar concluídas”, criticou.
A pesquisa diferencia os dados do PAC Saneamento 1 e 2 e o que se observa é que o mais antigo está com 68% de nível de execução nas obras de esgoto, enquanto o PAC 2 está abaixo de 15%. Nos empreendimentos relacionados à água, o PAC 1 tem execução média de 67% e o PAC 2, menos de 5%. “A gente acredita que em mais um ano muitas obras vão ser concluídas, mas, por outro lado, as obras do PAC 2, com contratos de 2011, que deveriam ter começado e estar em ritmo adequado, nem começaram ainda”, lamentou Carlos.