A forte recuperação do crescimento que tem sido vista desde a crise econômica de 2020 deflagrada pela pandemia de covid-19 deverá começar a desacelerar no curto prazo em várias das maiores economias do mundo, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A avaliação se baseia na leitura de indicadores antecedentes compostos, que buscam antecipar pontos de inflexão na atividade.
Em relatório publicado nesta segunda-feira, a OCDE diz que os dados sugerem "visível" queda no ímpeto de crescimento de Alemanha, Itália, Reino Unido e Canadá. Já nos Estados Unidos, zona do euro e Japão, a indicação é de crescimento estável.
Entre grandes economias emergentes, a pesquisa da OCDE antecipa forte desaceleração do crescimento no Brasil e perda de ímpeto na China, que está agora abaixo de sua tendência de longo prazo. No caso da Rússia, surgiram "sinais de moderação" no ritmo de crescimento e no da Índia, a projeção é de crescimento estável.
A OCDE ressalta que incertezas relacionadas à pandemia, em especial o impacto da variante Ômicron do coronavírus, podem causar flutuações mais intensas do que o normal nos indicadores antecedentes, que precisam ser vistos "com cautela" diante do quadro atual.