OCDE defende coordenação do G-7 para mitigar impactos de crises no comércio

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) instou os países do G-7, grupo que reúne as sete maiores potências do mundo, a revisarem suas políticas e estruturas de gestão de risco em relação aos comércio internacional para mitigar os impactos de choques, como o provocado pela pandemia de coronavírus, em relatório divulgado nesta terça-feira, 23.

A instituição defende a criação de um mecanismo emergencial de cooperação entre os países para coordenar políticas e informar sobre quaisquer possíveis restrições no âmbito do comércio internacional. De acordo com a OCDE, uma ferramenta como esta poderia ainda preparar o terreno para coordenações em logística, transporte, compras, planejamento e comunicação em momentos oportunos. O relatório ainda afirma que é "crucial" garantir a resiliência das cadeias de suprimento globais de bens essenciais.

O documento encoraja o fortalecimento da previsibilidade dos mercados, por meio da redução de distorções e a promoção da igualdade de condições para concorrência, comércio e investimentos. Para isso, é necessária uma "cooperação reforçada para desenvolver acordos internacionais para maior monitoramento e notificação sobre as restrições à exportação de matérias-primas críticas", diz a OCDE. O relatório também aponta como fundamental "combater práticas prejudiciais que minam a confiança, como o suborno estrangeiro".

A OCDE também alerta contra a adoção de estratégias baseadas na produção doméstica em meio a crises que afetem as cadeias de suprimento globais, afirmando que elas, geralmente, não têm capacidade de assegurar o fornecimento de bens essenciais e podem remover opções de gerenciamento de risco, como a diversificação de abastecimento.

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