Estadão

OCDE: emergentes enfrentam risco de financiamento soberano em meio à piora na economia global

A deterioração das condições macroeconômicas, em meio a escalada global dos juros, agrava os riscos de financiamento de países emergentes e em desenvolvimento, avalia a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no relatório anual <i>Sovereign Borrowing Outlook</i>, divulgado nesta segunda-feira.

A entidade ressalta que o movimento de fuga de capitais deflagrou uma intensa desvalorização das moedas dessas economias ante o dólar, o que exacerba as dificuldades no financiamento do passivo externo.

Segundo a OCDE, a emissão bruta de dívida em emergentes caiu para US$ 3,8 trilhões em 2022, depois de ter atingido recorde de US$ 4,1 trilhões em 2021. A China segue o maior emissor global, responsável por 37% de toda o saldo emitido. A tomada de empréstimos nesses países caiu 25% entre 2021 e 2022, de acordo com a Organização.

"Olhando para os dados em nível de país, a maioria das economias emergentes e em desenvolvimento emitiu menos dívida em títulos do governo em 2022 em comparação com seus níveis de 2021, com poucas exceções, incluindo Argentina, Brasil, Bulgária, China e México", afirma.

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