Foi anunciado nesta quinta-feira, 2, as mudanças que ocorrerão na próxima edição do Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa. Entre as novidades, a internacionalização do prêmio, que receberá inscrições de livros publicados em língua portuguesa em qualquer país (até a edição passada, os livros de escritores de língua portuguesa de outros países tinham que ser publicados no Brasil). “Da mesma forma, é necessário incentivar a leitura e o livro transcendendo o oceano entre os países que têm o português como língua comum”, explicou o diretor Eduardo Saron do Instituto Itaú, que pelo terceiro ano consecutivo patrocina o prêmio.
Por conta da ampliação do prêmio, agora, além de Selma Caetano e Manuel da Costa Pinto, fará parte da curadoria, a crítica literária portuguesa Ana Sousa Dias. A ideia, segundo os organizadores, é que a literatura portuguesa e africana possam concorrem em condições de igualdade com a nossa. Nas dez edições do prêmio, a quantidade de livros inscritos de Portugal e África foi bem inferior a do Brasil. Enquanto o País recebeu 4.714 inscrições, Portugal teve 112, e África apenas 26.
As inscrições para a 11ª edição do Oceanos começam a partir da zero horas desta sexta, 3, pelo site (www.itaucultural.org.br/oceanos2017), que traz o regulamento e outras informações. Assim como no ano passado, podem concorrer obras de poesia, prosa de ficção, dramturgia e crônica. E livros publicado somente no formato digital.
A avaliação será feita em três etapas. Na primeira um corpo de júri formado por 40 especialistas, escolherá os 50 semifinalistas, que serão julgados em uma segunda etapa, agora por júri intermediário, formado por seis jurados, escolhidos dos 40 especialistas da primeira etapa.
Caberá a eles eleger os dez finalistas. Na última etapa, o júri final indicará os quatro vencedores da 11ª edição do Oceanos 2017. A soma da premiação será de R$ 230 mil; sendo 100 mil para o primeiro lugar, 60 para o segundo, 40 para o terceiro e 30 mil para o quarto lugar.