Bastou uma vitória, e de goleada, para o temor do rebaixamento dar lugar à esperança de se obter a classificação para as fases de mata-mata do Campeonato Paulista. Após o triunfo de 4 a 0 sobre a Portuguesa, neste domingo, o técnico Odair Hellmann deu o tom do seu comando na entrevista coletiva. "Temos que olhar para frente. O Santos é muito grande. Aqui, em nenhum momento, eu falei em rebaixamento. Quem olha para trás, para trás vai."
Satisfeito pelo bom resultado dentro de casa, o comandante santista disse que o time soube aliar o bom futebol com a efetividade dentro de campo. "Conseguimos jogar bem e os gols saíram. Em outros jogos, tivemos uma boa atuação e não marcamos. Contra a Ferroviária, a equipe se apresentou bem, mas não foi eficiente na conclusão. E, pelo contrário, levamos um gol no final sem que eles (Ferroviária) tivessem nos agredido", afirmou o treinador.
A atuação do setor ofensivo foi mais uma marca de que as coisas estão começando a se ajeitar. De acordo com Hellmann, a repetição dos treinamentos e o tempo de entrosamento entre os jogadores está acontecendo aos poucos.
"Você não consegue trazer um jogador e implantar o seu jeito de trabalhar rapidamente. Tem um tempo para dar liga. E as vitórias ajudam a consolidar o trabalho que estamos fazendo", disse o técnico que criticou o imediatismo no futebol em cima de trabalhos que estão começando.
"O que estamos fazendo não está certo. Estamos tentando acertar o time dentro da competição. Estamos na décima rodada do Campeonato Paulista e ainda estamos estreando jogadores. Tem um trabalho físico, técnico e tático por trás disso. Ainda estamos em busca de uma consolidação de trabalho", disse.
Faltando duas rodadas para a fase de classificação, o Santos aparece em terceiro lugar no Grupo A, com 13 pontos. Botafogo e Bragantino (com uma partida a menos) lideram a chave com um ponto a mais. Para Odair, o time tem de focar seu objetivo nos dois confrontos que finalizam esta etapa do torneio.
"Temos uma decisão contra o Corinthians e uma decisão diante do Ituano. Tivemos maturidade para superar essa fase de oscilação, mas precisamos também entender que, não é porque ganhamos, que está tudo certo", completou o comandante.