Estadão

Oferta de gás mais barato pode gerar R$ 70 bi em investimentos no País, aponta idQ

O Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química (idQ) estima que a ampliação da oferta de gás natural ao preço médio de US$ 6 por milhão de BTU no mercado nacional – sinalizado como piso da meta do governo dentro de seu programa "Gás para Empregar" – tem potencial de gerar R$ 70 bilhões de investimentos em novas fábricas, na retomada de produção das unidades já existentes e no desenvolvimento de produtos que atualmente são importados.

Hoje, o valor médio pago pela indústria é de US$ 16 por milhão de BTU, o que na visão da entidade torna o preço do insumo um dos mais elevados do mundo, afetando a competitividade da indústria química, hoje responsável por quase 30% do consumo industrial da molécula no País.

Em nota, a entidade cobra o aumento da competitividade e a expansão na oferta do gás natural. Também defende que isso deve acontecer norteado pelo princípio da isonomia. "Todos os setores, empresas e atores do mercado de gás natural devem ter condições iguais de preço, disponibilidade e concorrência. Nenhum privilégio pode ser dado a uma companhia, planta, associação ou setor", diz trecho do documento.

O instituto diz, ainda, que tornar o insumo mais competitivo poderá melhorar seu uso para fins energéticos e viabilizará novas cadeias produtivas, diminuindo a vulnerabilidade do País no agronegócio a partir da produção de fertilizantes.

Esses temas serão debatidos amanhã, 05, no seminário "Gás natural – Química, neoindustrialização e geração de empregos". O evento será realizado pela Frente Parlamentar da Química (FPQuímica) no Auditório Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados, em Brasília, a partir das 8h.

O idQ é composto pelas associações Abiquim, Abiclor, Abifina, Abipla, Abiquifi, Abrafati, Croplife Brasil, Ibpvc, Sinprifert e Conselho Federal de Química.

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