A sugestão feita pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de que as sanções contra a Rússia poderiam ser retiradas caso o país reduza seu efetivo nuclear tiveram uma recepção fria em Moscou.
Em uma entrevista com o Times of London, publicada no domingo, o republicano indicou que ele pode retirar as sanções impostas à Rússia após a anexação da Crimeia, em 2014, caso os russos concordem em reduzir a quantidade de armas nucleares.
O país não está tão ansioso pela retirada das sanções a ponto de “sacrificar algo, especialmente em relação à segurança”, afirmou Konstantin Kosachev, presidente do Conselho de Relações Exteriores da Câmara Alta do Parlamento.
Em comentários publicados pela agência RIA Novosti, Kosachev afirmou também que os comentários de Trump deveriam ser tratados com cautela, uma vez que este não era um pronunciamento oficial. Trump assume nesta quinta-feira.
Washington, juntamente com a União Europeia, impôs diversas rodadas de sanções econômicas contra a Rússia após Moscou anexar a Crimeia e interferir no conflito do leste da Ucrânia.
O porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitry Peskov, também deu uma resposta cautelosa ainda no domingo.
“Vamos esperar ele assumir o cargo antes de dar alguma resposta às suas iniciativas”, disse. Ele acrescentou que a Rússia nunca discute as sanções com outros países e que não pretende fazê-lo.
Também no domingo, o diretor da CIA, John Brennan, afirmou que Trump não tem “um completo entendimento das capacidades da Rússia ou de suas ações em todo o mundo. Fonte: Dow Jones Newswires.