A Oi e a LetterOne Technology (L1 Technology), do bilionário russo Mikhail Fridman, assinaram contrato de exclusividade pelo prazo de sete meses, contados a partir de 23 de outubro. A operação tem como objetivo possibilitar a consolidação do setor de telecomunicações no Brasil, envolvendo uma potencial combinação de negócios com a TIM.
Segundo fato relevante da Oi, enviado na manhã desta sexta-feira, 30, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), após a proposta enviada pela Letter One a empresa enviou uma contraproposta de exclusividade, na qual a Oi e a L1 Technology teriam, mutuamente, um direito de exclusividade, por sete meses, com relação a, especialmente, combinações de negócios envolvendo companhias de telecomunicações ou ativos de telecomunicações no Brasil.
“A Oi recebeu confirmação da L1 Technology de que concorda com todos os termos da contraproposta”, informou a operadora de telefonia.
Se concretizada a operação, a Oi espera redução da alavancagem, geração de sinergias e ganho de escala. “Uma potencial união da Oi com a TIM Participações deve resultar na constituição de um operador mais completo e bem posicionado, capaz de competir com players globais já instalados no País. O consumidor deverá ser beneficiado com o consequente fortalecimento da companhia”, informou a Oi, no documento enviado à CVM.
No dia 26 de outubro, a Oi informou que recebeu uma proposta do grupo Letter One no dia 23 de outubro de aporte de até US$ 4 bilhões. O BTG Pactual recebeu a proposta do grupo russo e foi o responsável por desenvolver alternativas viáveis de estruturas que viabilizem sua participação na consolidação do setor no mercado brasileiro.
O interesse do grupo russo já havia sido antecipado pelo jornal O Estado de São Paulo no último dia 23. O bilionário Mikhail Fridman tem investimentos, por meio de seu fundo LetterOne, em companhias de telecomunicações da Europa. Em abril, o fundo L1 anunciou ao mercado planos para investir US$ 16 bilhões em empresas de telecomunicações, tecnologia e também óleo e gás.
Fridman é dono do Grupo Alfa, que controla um dos maiores bancos privados de investimento da Rússia. Nascido na Ucrânia, em 1964, o empresário pertence a uma das famílias mais ricas da Rússia. Ele começou seus negócios na área de entretenimento na década de 80. Hoje, seu grupo é controlador de operadoras de telefonia na Rússia, VimpelCom, e na Turquia, a Turkcell.