Oito dos nove grupos de produtos e serviços que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registraram altas de preços em novembro. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O único grupo com estabilidade foi Comunicação (0,00%).
Nos demais grupos houve inflação: Transportes (0,49%, impacto de 0,10 ponto porcentual), Artigos de Residência (0,54%, impacto de 0,02 p.p.), Habitação (0,48%, impacto de 0,07 p.p.), Vestuário (1,48%, impacto de 0,07 p.p.), Educação (0,05%, impacto de 0,00 p.p.), Despesas Pessoais (0,27%, impacto de 0,03 p.p.), Saúde e Cuidados Pessoais (0,91%, impacto de 0,12 p.p.) e Alimentação e Bebidas (0,54%, impacto de 0,12 p.p.).
<b>Comunicação</b>
Em Comunicação, apesar da estabilidade do grupo, houve alta nos planos de telefonia fixa (2,40%) e nos serviços de streaming (3,09%). Na direção oposta, foram registradas quedas no preço dos aparelhos telefônicos (-0,35%) e dos planos de telefonia móvel (-0,99%).
<b>Vestuário</b>
Em Vestuário, todos os itens pesquisados tiveram aumento de preços, com exceção das joias e bijuterias (-0,04%). As principais pressões partiram das roupas femininas (1,93%, impacto de 0,03 ponto porcentual) e dos calçados e acessórios (1,44%, impacto de 0,02 p.p.).
<b>Alimentação</b>
Os gastos das famílias com alimentação e bebidas passaram de uma alta de 0,21% em outubro para uma elevação de 0,54% em novembro. O grupo Alimentação e Bebidas deu uma contribuição de 0,12 ponto porcentual para a taxa de 0,53% do IPCA-15 deste mês.
A alimentação no domicílio subiu 0,60% em novembro. As famílias pagaram mais pelo tomate (17,79%), cebola (13,79%), batata-inglesa (8,99%) e frutas (3,49%, contribuindo com 0,04 ponto porcentual na inflação do mês).
Na direção oposta, o leite longa vida recuou 6,28%, após uma queda de 9,91% em outubro. No entanto, o produto ainda acumula uma alta de 33,57% no ano.
A alimentação fora do domicílio subiu 0,40% em novembro. A refeição fora de casa aumentou 0,36%, e o lanche subiu 0,54%.
<b>Habitação</b>
Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma alta de 0,28% em outubro para uma elevação de 0,48% em novembro. A aceleração no grupo foi puxada pelas altas do aluguel residencial (0,83%) e da energia elétrica (0,44%).
O custo da energia elétrica nas áreas pesquisadas variou desde uma queda de 0,63% em Belém até uma alta de 7,44% em Brasília, onde houve reajuste de 21,54% nas tarifas para os clientes residenciais de baixa tensão a partir de 3 de novembro.
Também houve reajustes de 5,35% em Goiânia, a partir de 22 de outubro, e de 2,07% em uma das concessionárias de São Paulo, desde 23 de outubro.
A taxa de água e esgoto subiu 0,55% em novembro, com reajustes tarifários no Rio de Janeiro (2,59%) e em Porto Alegre (2,94%).
<b>Transportes</b>
A aceleração nos preços dos combustíveis fez as famílias brasileiras gastarem mais com transportes em novembro, conforme o IPCA-15. O grupo Transportes passou de uma queda de 0,64% em outubro para uma alta de 0,49% em novembro.
Os preços dos combustíveis subiram 2,04%, após cinco meses consecutivos de quedas. A gasolina, que tinha caído 5,92% em outubro, aumentou 1,67% em novembro, item de maior impacto individual no IPCA-15 do mês, 0,08 ponto porcentual.
Os preços do etanol subiram 6,16%, e os do óleo diesel, 0,12%.
O gás veicular foi o único a apresentar queda entre os combustíveis pesquisados, -0,98%.
Já as passagens aéreas caíram 9,48% em novembro, após uma alta de 28,17% em outubro. O item registrou o impacto negativo mais intenso na inflação deste mês, -0,08 ponto porcentual.
Houve quedas também nos transportes por aplicativo (-1,04%) e nos automóveis usados (-0,82%).
<b>Saúde e Cuidados Pessoais</b>
Os gastos das famílias com Saúde e Cuidados Pessoais subiram 0,91% em novembro, após uma alta de 0,80% em outubro.
Os destaques foram as altas nos itens de higiene pessoal (1,76%), em especial nos produtos para pele (6,68%), e nos planos de saúde (1,21%).
<b>Regiões</b>
O resultado geral do IPCA-15 em novembro foi decorrente de altas de preços em todas as 11 regiões pesquisadas.
A taxa mais branda ocorreu em Curitiba (0,11%), enquanto as mais acentuadas foram registradas no Recife (0,78%) e em Brasília (0,78%).