Uma forte chuva e a segurança reforçada não conseguiram desanimar os amantes de cerveja reunidos em Munique para a Oktoberfest, que começou neste sábado. O prefeito da capital da Baviera, Dieter Reiter, abriu o festival ao meio-dia no horário local, bebendo uma caneca de cerveja.
Após uma série de ataques nos últimos meses, autoridades decidiram erguer uma cerca de metal, proibir grandes sacolas, instalar mais câmeras de segurança e obrigar os visitantes a passar por uma revista antes de entrar no local do festival.
No incidente mais sangrento, um adolescente alemão matou nove pessoas a tiros em um shopping de Munique antes de se suicidar. Os outros ataques foram realizados por estrangeiros e reivindicados pelo grupo Estado Islâmico. Várias pessoas ficaram feridas, mas apenas os agressores foram mortos.
Os ataques alimentaram uma sensação de desconforto na Alemanha quanto à chegada de mais de um milhão de migrantes desde o começo do ano passado – muitos deles refugiados de países como Síria, Iraque e Afeganistão. Autoridades de segurança reconhecem que, embora a grande maioria dos migrantes seja pacífica, uma pequena minoria pode ter entrado no país com intenções criminosas.
Autoridades disseram que há um “alto perigo abstrato” de ataques durante o festival de 17 dias, que deve atrair 6 milhões de visitantes, mas a polícia reiterou que não há nenhuma indicação de ameaças concretas.
A polícia de Munique pretende mobilizar 600 homens, 100 a mais do que no ano passado, durante os momentos de pico. Outros 450 policiais vão revistar bolsas e monitorar visitantes mais exaltados.
Apesar do grande público, que chega a 600 mil em alguns dias, poucos incidentes graves foram registrados no festival desde 1810. Em 1980, um militante de extrema-direita detonou uma bomba, matando 12 pessoas além dele e ferindo mais de 200. Fonte: Associated Press.