Dois oleodutos com capacidade para fornecer cerca de 9 milhões de litros de combustível de aviação por dia são os responsáveis pelo abastecimento do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e salvar o complexo das interrupções de voos que marca vários outros aeroportos Brasil afora durante a paralisação dos caminhoneiros, que já dura 8 dias e ainda não tem previsão de término. Outro aeroporto com o mesmo serviço de abastecimento é o Galeão, no Rio de Janeiro.
Segundo a GRU Airport, concessionária responsável pelo aeroporto de Cumbica, não houve falta de combustível de aviação e as operações seguiram sem problemas, exceto eventuais impactos causados por restrições em outros aeroportos.
A normalidade se deu por um “pool” para armazenamento de combustíveis para abastecer os voos do aeroporto com capacidade para cerca de 50 milhões de litros de QAV (Querosene para Aviação). O reservatório é abastecido pelos oleodutos que são ligados diretamente às refinarias da Petrobras.
O primeiro oleoduto começou a ser operado em 1985 e possui 8 km de extensão e capacidade de vazão de 73 mil m3 de QAV por mês. Com uma vazão maior, o segundo oleoduto entrou em operação em 1996 e possui a mesma extensão, com capacidade de fluir 214 mil m3 de combustível por mês.
Em nota oficial, a GRU Airport ressaltou que está atenta às decisões do governo e dos sindicatos para que, em conjunto com os órgãos que atuam no setor e as cias aéreas, adote as melhores práticas para mitigar quaisquer riscos que possam impactar nas operações.