O Olympique de Marselha suou muito e precisou de 120 minutos nesta quinta-feira para eliminar o Red Bull Salzburg e ir à decisão da Liga Europa. Depois de vencer por 2 a 0 na ida, na França, a equipe viu o adversário devolver o placar no tempo normal e só conseguiu o gol salvador, que selou o resultado de 2 a 1 para os austríacos, aos 10 minutos da etapa final da prorrogação.
Foi a vitória da tradição de um dos principais clubes franceses diante do emergente Salzburg. Melhor para o lado francês, que soube superar o susto do tempo normal para ir à decisão da Liga Europa pela terceira vez, igualando os feitos de 1998/1999 e 2003/2004, quando perdeu para Parma e Valencia, respectivamente, e ficou com o vice.
Para chegar ao primeiro título do torneio, o Olympique agora terá a dura missão de passar na decisão pelo Atlético de Madrid, bicampeão da Liga Europa, em 2009/2010 e 2011/2012. A seu favor, o time francês terá o fato de atuar praticamente em casa, uma vez que a final vai acontecer em Lyon, no dia 16 de maio.
Nesta quinta, o primeiro tempo transcorreu do jeito que o Olympique queria. Experiente, o time francês diminuiu o ritmo da partida e deu poucas chances ao adversário. Na única que teve, o Salzburg viu Dabbur fazer boa jogada e bater cruzado. Pelé foi meio atrapalhado para a bola, mas defendeu.
Só que a etapa final seria completamente diferente. E quem teve a primeira chance após o intervalo foi o Olympique, que ficou próximo de matar o confronto. Aos três minutos, Germain puxou contra-ataque pelo meio e abriu na esquerda para Payet, que cortou o marcador antes de devolver. O atacante bateu de primeira, mas não pegou em cheio e jogou rente à trave.
O desperdício faria falta, porque a resposta do Salzburg foi fatal. Aos sete minutos, Haidara recebeu na intermediária, foi costurando entre os marcadores e passou por quatro antes de bater de bico para a rede.
O Salzburg se animou com o gol, foi para cima e passou a exercer uma pressão quase insustentável. Aos 12, o brasileiro André Ramalho encheu o pé de muito longe, mas com bastante violência. Pelé teve dificuldades para espalmar. Logo depois, foi a vez de Dabbur tentar também de fora da área, mas jogar para fora.
De tanto insistir, o time austríaco chegou ao segundo gol aos 19 minutos. Haidara cruzou pela direita, a defesa falhou na tentativa de afastar e Schlager ficou com a sobra. Ele arriscou torto, sem direção do gol, mas Sarr, na ânsia de ajudar, desviou contra a própria meta.
A partir daí, o jogo ficou completamente aberto para ambos os lados. Aos 25, Berisha recebeu cruzamento da esquerda e ajeitou de letra para Hee-Chan Hwang, que exigiu boa defesa de Pelé. Dois minutos mais tarde, Payet cruzou da direita, Thauvin cabeceou e a bola quase encobriu o goleiro, parando no travessão.
Mas com o passar dos minutos, o cansaço de ambos os lados ficou evidente e o confronto foi para prorrogação. Nela, a primeira chance foi do Olympique, em finalização de longe. Porém, a maior oportunidade foi do zagueiro Duje Caleta-Car, que cabeceou à queima-roupa e parou em defesa de Pelé.
A decisão se encaminhava para os pênaltis. Com as duas equipes extenuadas, o jogo perdeu em emoção. Até que aos 10 minutos da etapa final, a arbitragem errou ao marcar escanteio para o Olympique. Payet aproveitou e cobrou no pé de Rolando, que desviou para a rede e garantiu a suada classificação.