O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), cobrou nesta terça-feira, 26, uma ação de órgãos de controle após a conclusão dos trabalhos da comissão. A Procuradoria-Geral da República (PGR), por exemplo, é responsável por investigar o presidente Jair Bolsonaro em caso de crimes comuns.
Os senadores devem pressionar a PGR a avançar nas investigações contra Bolsonaro. O parecer será entregue ao procurador-geral da República, Augusto Aras, na quarta-feira, 27. "Os fatos são maiores do que qualquer argumento que possa se escrever. São provas que foram dadas à população brasileira. Se você quiser, tem 50 mil, 60 mil brasileiros como testemunhas dessas provas que estão no relatório", disse Aziz.
O relatório da CPI, apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), pede o indiciamento de Bolsonaro por sete crimes comuns, três crimes contra a humanidade e dois crimes de responsabilidade. O parecer deve terminar com 78 indiciados, entre pessoas físicas e empresas.
Nesta terça, a CPI aprovou a quebra do sigilo das redes sociais de Bolsonaro após o presidente vincular a vacina contra a covid-19 ao risco de contaminação pela aids. A declaração também foi incluída no relatório final da CPI.
"A Presidência é uma instituição. A Presidência não é um cargo de boteco em que você fala o que quer tomando uma cerveja, comendo um churrasquinho. O presidente da República se reporta ao povo brasileiro baseado em um estudo que não tem cabimento nenhum e fala uma coisa dessas quando estamos implorando para a população se vacinar", disse Aziz.