Cidades

Onda de frio derruba temperaturas no País

De acordo com o Climatempo, "dificilmente o Brasil poderá experimentar outra onda de frio como esta ainda este ano"

Depois de ciclone-bomba, ventania com tempestade de areia, o Brasil recebe mais um fenômeno meteorológico marcante: uma forte massa de ar frio polar no inverno. A frente fria tem provocado chuvas, temperaturas abaixo de 0ºC, granizo e neve, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do País.

Esta é a terceira vez que a o frio ocorre em 2020, mas a primeira com essa proporção e intensidade.

De acordo com o Climatempo, “dificilmente o Brasil poderá experimentar outra onda de frio como esta ainda este ano”.

A forte frente fria que entrou no Brasil deixa o Estado de São Paulo em alerta para o frio intenso e chuva volumosa até domingo.

Até lá, temperaturas abaixo dos 10°C devem ser observadas na madrugada e início da manhã em praticamente todo o Estado.

A combinação do céu nublado, chuva e muito ar frio produz grande sensação de frio para os paulistas especialmente nesta sexta-feira, 21.

Na capital, a tarde de hoje deve ser a mais fria do ano.

Pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) a menor temperatura máxima registrada no Mirante de Santana, até o dia 20 de agosto, foi de 15,9°C, em 15 de julho de 2020.

A semana foi marcada por predomínio de céu nublado e baixa temperatura na Grande São Paulo.

Só a quarta-feira, 19, teve algumas horas com sol.

A passagem desta forte frente fria deixa o tempo mais úmido e muito frio nos próximos dias.

O sol deve reaparecer só na próxima segunda-feira.

Além do frio, a passagem desta frente fria traz muita chuva para o litoral paulista.

O tempo está chuvoso no litoral desde quinta-feira e a chuva prossegue nesta sexta-feira e também no sábado, 22.

O mar fica agitado e há risco de ressaca.

Grandes volumes devem ser acumulados até o domingo causando transtornos para a população.

Há risco de alguns alagamentos e deslizamentos.

Região Sul 

A massa de ar frio polar que se espalha sobre o Brasil também provoca frio intenso na Região Sul.

Por volta das 5 horas da madrugada desta sexta-feira, 21 de agosto, o INMET registrava temperaturas negativas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e temperatura já em 0°C no sul do Paraná.

Mas, de acordo com informações do Climatempo, a tendência era de que a temperatura baixe um pouco mais até às 7 horas e valores negativos também poderão ocorrer no Paraná.

Ainda há nebulosidade na serra e planaltos de Santa Catarina e há possibilidade de nevar pela manhã, mas a nebulosidade deve diminuir à tarde, o que vai reduzir também a chance de nevar.

A geada se forma de maneira ampla e até com forte intensidade no Rio Grande do Sul por causa das temperaturas muito baixas.

O ar frio polar ainda estará forte sobre o Sul do Brasil na madrugada deste sábado.

O dia amanhece congelante literalmente, com formação de geada e gelo amplo e com forte intensidade.

É possível que haja congelamento da água em canos e que se formem lâminas de gelo sobre poças d´água.

A geada ocorre em quase todo o Sul do país neste sábado.

Várias áreas da serra gaúcha e da serra catarinense registraram neve e chuva congelada na tarde e noite desta quinta-feira, 20 de agosto.

São Francisco de Paula (RS), São Joaquim (SC), Nova Petrópolis (RS), Gramado (RS), São José dos Ausentes (RS) e Cambará do Sul (RS), Canela (RS) estão entre as localidades que presenciaram os fenômenos.

As condições para nevar no Sul do Brasil são ainda maiores nesta sexta-feira e algumas áreas terão geada.

Para esta sexta, há previsão de neve e outros tipos de precipitação de inverno na serra do Rio Grande do Sul, na serra e nos planaltos sul e norte de Santa Catarina e no sul do Paraná.

Em todas estas áreas, o céu fica nublado e faz muito frio o dia todo.

O amanhecer do sábado deve ser muito frio no Sul do Brasil.

Quase toda a região amanhece sem nuvens e com temperatura próxima ou abaixo de 0 °C.

Há condições para geada ampla, de moderada a forte intensidade.

A MetSul, empresa de meteorologia da região Sul, publicou registros da neve nas redes sociais.

A expectativa é de que essa onda de frio atue sobre o Brasil até 23 de agosto.

No dia 24, a parte mais intensa da onda de frio já estará sobre o mar e afastada do continente, o que vai permitir a elevação da temperatura.

O resfriamento intenso da onda começou a ocorrer no Sul do Brasil e em Mato Grosso do Sul na última quarta-feira, 19.

Além do Brasil, esta onda de frio provoca frio intenso na Argentina, no Uruguai, Paraguai, Bolívia e em parte do Peru.

No Brasil, a influência desta onda de frio muito forte será sentida com diferentes graduações nos Estados do Sul, do Sudeste, do Centro-Oeste, Rondônia, Acre e sul do Amazonas.

O vento frio desta enorme massa polar deve ser suavizar o calor até no extremo sul do Pará e do Tocantins.

E alguns efeitos também são sentidos em parte da Bahia.

Ressacas 

A frente fria provoca vento forte sobre o oceano.

O vento soprando de forma intensa e persistente sobre o mar forma as ondas que vão deixar o mar agitado ao largo do litoral das regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Há previsão de ressaca nas praias do Rio Grande o Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo e do Rio de Janeiro.

No Sul do País, a ondulação do mar foi de sul nesta quinta-feira.

As ondas aumentam de tamanho no decorrer do dia, com altura chegando a 3 metros a partir da tarde nas praias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

No litoral do Paraná, ondas de 2 a 2,5 metros de altura – e em mar aberto a altura das ondas chega a 4 metros.

No Sudeste, o mar sobe a partir do fim da tarde desta quinta-feira, nas praias de São Paulo, com ondas chegando a 2,5 metros à noite, com ondulação passando a sul.

Na sexta-feira, há previsão de ressaca no litoral paulista e sul fluminense, com ondas de até 3 metros de altura nas praias desta faixa litorânea.

A ondulação é de sul.

Em mar aberto a altura das ondas fica por volta de 4 metros.

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