O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que vai se manifestar no prazo previsto pela regulação sobre sua atuação no apagão do Amapá, e que é precipitada a conclusão de que foi um dos causadores do acidente que deixou sem luz mais de 700 mil pessoas por quatro dias no Estado.
A reação do operador se deve ao vazamento de um relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que questiona o ONS sobre a falha do sistema. Segundo o ONS, o questionamento faz parte das investigações, que ainda não possuem nenhuma conclusão.
"O relatório em questão é o Termo de Notificação nº TN 023/2020-SFE, emitido pela Aneel e encaminhado ao ONS em 22 de dezembro de 2020. Trata-se de processo regular de fiscalização da agência, previsto em lei federal e regulamentado pela própria Aneel", informou o ONS em nota.
Ainda de acordo com a nota, "o ONS se manifestará dentro do prazo previsto na regulação, prestando os devidos esclarecimentos e apresentando as evidências para demonstrar que atuou conforme suas atribuições legais, dispositivos regulatórios e as determinações dos procedimentos de rede, que são os documentos que regem a atuação do Operador, sendo estes aprovados pela própria Aneel", explicou em nota. "Tão somente após esta etapa, a diretoria da agência reguladora emitirá o parecer final sobre o processo", completou.
De acordo com o ONS, assim que constatou o problema na rede elétrica do Amapá, fez de tudo para minimizar os impactos para a população e agilizar a retomada da carga de energia. "Desde então, tem feito todos os esforços, trabalhando junto com outros agentes, para apurar o caso e adotar melhorias", afirmou.