O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revisou a previsão de afluências e de nível de reservatórios durante o mês de janeiro, passando a considerar um ritmo mais forte de chuvas na região Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 70% da capacidade de armazenamento do País. A Energia Natural Afluente (ENA) projetada para o mês foi elevada de 96% para 104% da média de longo termo (MLT) para meses de janeiro. Com isso, o nível de água armazenada nos reservatórios do submercado terminará o mês com o equivalente a 39,2% da capacidade de reserva, acima dos 30,84% registrados na quinta-feira.
Na região Nordeste, a situação registrou leve melhora, mas ainda permanece em patamares baixos. A projeção de ENA foi revisada de 26% para 29% da média histórica. Confirmada a projeção, o nível dos reservatórios no dia 31 de janeiro estará em 8,4% – na quinta-feira, estava em 5,18%.
Por outro lado, os números do Sul do País mostram uma condição mais confortável. O ONS também revisou a previsão da ENA durante janeiro para a região, passando de 199% para 214%. Com isso, os reservatórios terminarão o mês com 94,8% da capacidade, índice inferior aos 97,06% registrados na quinta-feira.
No caso da região Norte, a previsão de ENA foi elevada de 27% para 30% da média histórica. Caso as projeções do ONS sejam confirmadas, a estimativa para os reservatórios da região no fim do mês é de 20,7% de sua capacidade – na quinta-feira, os reservatórios operavam com 15,07%.
Carga
O Informe do Programa Mensal de Operação (IPMO) divulgado na sexta-feira também apresentou revisão na carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) em janeiro. O número previsto anteriormente, de 66.865 MW médios, foi revisado para 66.499 MW médios. Confirmada a projeção, a carga teria queda de 4,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, 0,6 ponto porcentual mais desfavorável do que a projeção de uma semana atrás, de redução de 3,9%.
A previsão para a região Sudeste passou de -6,1% para -6,3%. No caso da região Sul, o indicador foi alterado de -6,6% para -7,5%. A projeção para a região Nordeste foi revisada de 1,5% para 0,5%, enquanto a estimativa para a região Norte passou de 9% para 7,9%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.