A Organização das Nações Unidas (ONU) espera que pelo menos mais 20 países assinem o Acordo de Paris sobre o clima, o que significaria um aumento das chances do pacto entrar em vigor apenas um ano após ser negociado. Esse é considerado um ritmo impressionante no mundo da diplomacia internacional e reflete um senso de urgência na luta contra o aquecimento global, além de um desejo de selar o pacto antes que o presidente dos EUA, Barack Obama, deixe o cargo.
Espera-se que Brasil, México, Argentina e Marrocos entreguem documentos amanhã para formalizar o processo de ratificação. Além disso, pelo menos seis nações insulares, incluindo Papua Nova Guiné, Tonga e Kiribati, se juntem ao coro.
Após anos de negociações, chefes de estado entraram em acordo em dezembro do ano passado para reduzir as emissões de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa. Mais de 170 líderes mundiais já assinaram o tratado, mas ele não entrará em vigor até que 55 países responsáveis por pelo menos 55% das emissões globais tenha ratificado ou aceitado o acordo. Esperava-se que o processo fosse se alongar por anos, mas 28 países que respondem por 39% das emissões já se comprometeram com o tratado, inclusive a China e os Estados Unidos, os maiores poluidores.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu o debate na Assembleia Geral nesta terça-feira pedindo urgência dos líderes mundiais para colocar o Acordo de Paris em execução até o fim do ano.
“A Terra nos ataca com o alto nível dos oceanos, calor recorde e tempestades extremas”, disse Ban em discurso. “Com o Acordo de Paris, estamos atacando o grande desafio da nossa era”, reforçou.
Diplomatas dos Estados Unidos também estão pressionando outros países para acelerarem seus esforços de ratificação para que o Acordo entre em vigência neste ano, com Obama e o secretário de Estado John Kerry têm encurralado outros líderes nos corredores durante a Assembleia. Fonte: Associated Press.