A Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) chegou a um entendimento nesta quarta-feira de que um corte na produção de petróleo bruto é necessário para elevar os preços do petróleo, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, mas o cartel irá esperar até novembro para finalizar um plano para resolver um excesso de oferta que durou mais tempo do que o esperado.
O consenso foi alcançado depois de uma reunião de mais de quatro horas em Argel, capital da Argélia. Ela representa o primeiro reconhecimento da Opep de que é necessário tomar medidas para aliviar uma queda do preço do petróleo, que causou estragos nas economias dos países produtores
Uma pessoa familiarizada com o assunto disse que o cartel estava considerando cortar a produção para entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia em relação aos níveis de agosto, de 33,2 milhões de barris por dia.
Exatamente como os cortes de produção seriam alcançado não está claro. A fonte disse que um comitê seria formado para estudar a forma de realizar os cortes e, em seguida, informar o cartel na sua próxima reunião em 30 de novembro, em Viena.
Enquanto isso, o Irã, Líbia e Nigéria estão tentando aumentar a produção, enquanto países como a Venezuela e Argélia não podem se dar ao luxo de perder receitas do petróleo causadas pelo corte. A Arábia Saudita, o maior produtor do grupo, tem produzido em níveis recordes nos últimos meses e era esperado para abrandar a produção no outono e inverno de qualquer maneira.
A reunião também não contou com o maior produtor mundial de petróleo, a Rússia, que está bombeando níveis recordes de petróleo. A Rússia não é membro da Opep, mas tinha sido fortemente envolvida nas negociações com o cartel sobre um abrandamento em conjunto da produção.
A pessoa familiarizada com o assunto disse que os cortes de produção seriam discutidos com países não-membros da Opep em breve. Fonte: Dow Jones Newswires.