Operação do Ministério Público de São Paulo deflagrada na sexta-feira, 30, apreendeu R$ 386 mil em dinheiro durante operação que desbaratou suposto cartel do transporte em Campinas (SP). As diligências foram conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e levaram à prisão quatro empresários do setor, que também são acusados de fraudar licitações para prestação de serviços a órgãos públicos.
Foram presos Miguel Moreira Junior, sócio da empresa Transmimo; Ariovaldo Marta Maçaira, da Capelini Turismo; Belarmino Marta Junior, dono de um conglomerado com participação em mais de uma dezena de empresas, e José Brigeiro Junior, dono da Exclusiva.
Uma funcionária da Transmimo, um empregado da Exclusiva e uma assessora da diretoria do Sindicato das Empresas de Fretamento de Campinas também foram detidos. Um acusado está foragido.
As buscas foram feitas nas sedes das empresas investigadas, nas residências dos acusados e na sede do Sindicato das Empresas de Fretamento.
Ao todo, foram apreendidos R$ 386,4 mil em dinheiro, 31,2 mil dólares e 6 mil euros, além de computadores e documentos.
O Gaeco investiga suposta formação de cartel em Campinas há nove meses. As apurações começaram após um empresário do setor sofrer ameaças ao se recusar a participar do esquema.
Segundo a Promotoria, o cartel combinava preços entre si para fraudar licitações públicas, acertando as propostas entre as empresas do grupo e decidindo quem ficaria com cada certame. O esquema era centralizado no Sindicato das Empresas de Fretamento de Campinas.
A operação contou com a participação de 12 promotores dos núcleos Campinas e Sorocaba e mais de 60 policiais civis.
Os suspeitos foram presos preventivamente e poderão responder por formação de quadrilha, crime contra a ordem econômica, formação de cartel e fraude à licitação.
Até o fechamento deste texto, a reportagem não havia obtido o posicionamento dos citados.