Saúde

Operação da PF mira empresa acusada de fraude na compra de máscaras em Guarulhos

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos e na Capital

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 25/02, uma operação que cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em endereços de Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos e São Paulo. A PF mira a empresa investigada por suposta fraude na venda de máscaras descartáveis à Prefeitura de Guarulhos, em caso analisado desde abril de 2020 pelo Ministério Público de Contas. O valor da aquisição teria sido três vezes superior ao comercializado no mercado.

As aquisições foram feitas com utilização de recursos federais destinados ao combate à pandemia de Covid-19.

Segundo as investigações, em março de 2020 a Secretaria de Saúde de Guarulhos comprou 300 mil máscaras descartáveis ao custo unitário de R$ 6,20 – total de R$ 1,8 milhão. Por conta da pandemia, a compra foi feita sem licitação.

Segundo a PF, foram verificados indícios de eventuais condutas de direcionamento, sobrepreço, pagamento antecipado sem a existência de garantias e contratação de empresa sem aparente capacidade econômica de cumprir o quanto contratado.

Ao GuarulhosWeb a Prefeitura de Guarulhos informou que acompanha a operação como parte interessada no processo, uma vez que o alvo da operação é a empresa fornecedora e não a administração municipal. “Caso se confirmem as denúncias que estão sendo apuradas, a Prefeitura deverá ser ressarcida pela empresa”, afirma a Prefeitura, em nota.

Ainda de acordo com a administração, o processo de compra seguiu os trâmites legais, com as devidas pesquisas de preços, sendo escolhida a empresa que oferecia naquela data o menor valor praticado no mercado.

“A Secretaria Municipal da Saúde pesquisou o preço de mais de 70 fornecedores. A compra foi feita devido à urgência de fornecer o equipamento de proteção aos profissionais do setor de saúde. Diante da grande procura por máscaras pelos mais diferentes municípios e pelo setor privado, os preços apresentados estavam acima dos praticados fora da pandemia. Porém, a secretaria não tinha tempo para esperar por uma possível ou não queda dos valores praticados, sob o risco de deixar os profissionais sem as máscaras”, completa a nota.

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