Uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Guarulhos, parte do MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo), prendeu 14 pessoas na manhã desta terça-feira (16). Três dos presos são vereadores das cidades de Ferraz de Vasconcelos, Santa Isabel e Cubatão.
Segundo apurou o GWeb, a operação foi deflagrada com o objetivo de prender membros de uma quadrilha ligada ao PCC, suspeita de fraudar licitações em diversas regiões do estado.
A ação tem a participação do Centro de Inteligência da PM, do Comando de Policiamento de Choque e das Unidades de Ações Especiais de Guarulhos, Alto Tietê, Jacareí, Campinas e Santos.
15 mandados de prisões temporárias e 42 de busca e apreensão foram expedidos pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos. Foram presos os vereadores Flavio Batista de Souza (Podemos), de Ferraz de Vasconcelos; Luiz Carlos Alves Dias (DEM), de Santa Isabel; e Ricardo de Oliveira (PSD), de Cubatão. Além deles, agentes públicos, empresários e um advogado estão entre os presos.
Segundo o GAECO de Guarulhos, as empresas forjavam competição e fraude em licitações de prefeituras e câmaras, para conseguir contratos de facilites, em especial, limpeza e postos de fiscalização nesses locais.
“E fazia isso seja com conluio entre as empresas, seja com corrupção de agentes públicos. Não bastasse isso, algumas dessas empresas têm vínculos, seja por serem associadas ou efetivamente os donos terem envolvimento com o Primeiro Comando da Capital, que acaba decidindo também a sorte de alguns contratos”, afirma o Gaeco.
Ainda de acordo com os promotores, havia simulação de concorrência com empresas parceiras ou de um mesmo grupo econômico.
“Também há indicativos da corrupção sistemática de agentes públicos e políticos (secretários, procuradores, presidentes de Câmara de Vereadores, pregoeiros etc.) e diversos outros delitos – como fraudes documentais e lavagem de dinheiro.”, afirmam.
Em nota ao GWeb, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que as empresas do grupo têm contratos públicos que somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos.
No total, participaram das diligências 20 Promotores de Justiça, 15 servidores e mais de 200 policiais militares, entre operadores de inteligência e de polícia tática. A operação foi batizada de “Munditia”.