Economia

Operação Paraíso Fiscal multa 60 empresas em R$ 2,4 bi

A Receita Federal informou que a Operação Paraíso Fiscal – investigação sobre corrupção envolvendo auditores da Delegacia do Fisco em Osasco, na Grande São Paulo – resultou na autuação em R$ 2,4 bilhões de 60 empresas e 32 pessoas físicas.

A Paraíso Fiscal foi deflagrada em 2011 pela Receita em parceria com a Polícia Federal e desmontou organização criminosa que tomou posse da Delegacia de Osasco para venda de redução ou até eliminação total de multas a empresas. Nesses quatro anos, a Receita autuou as 60 empresas e 32 pessoas físicas em R$ 2,4 bilhões.

Na avaliação da força-tarefa o caso se constitui na maior missão de combate à corrupção da história da Corregedoria da Receita. Cerca de R$ 1 bilhão em bens foram bloqueados para garantir o crédito constituído.

Quando a Paraíso Fiscal foi às ruas, em 2011, o superintendente da Receita Federal no Estado de São Paulo, José Guilherme Antunes de Vasconcelos, alertou que as empresas e pessoas físicas “que pagaram mal, efetivamente pagarão duas vezes”.

Vasconcelos se referia às autuações a que tais contribuintes seriam submetidos – decorridos quase quatro anos desde a deflagração da Paraíso Fiscal, a Receita já impôs autuações que somam R$ 2,4 bilhões contra 60 empresas e 32 pessoas físicas.

Dez servidores estão envolvidos na trama. Contra eles foram abertos processos administrativos disciplinares. Seis já foram demitidos, dos quais dois estão presos e dois foragidos.

Foram apreendidos cerca de R$ 7 milhões e US$ 3 milhões em espécie. Um volume de US$ 2,1 milhões mantido em contas no exterior foi bloqueado.

A Assessoria de Comunicação da Receita em São Paulo destacou que a Delegacia em Osasco – unidade onde estavam concentrados quase todos os servidores envolvidos na operação – “é, hoje, uma das melhores delegacias da Receita em todo o Estado, com um quadro motivado e competente, apresentando excelentes resultados em todas as suas áreas de atuação”.

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