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Operação policial termina em protesto e incêndio em Heliópolis

Uma operação da Polícia Militar para coibir delitos e ações criminosas no entorno de bailes funk em Heliópolis, na zona sul de São Paulo, terminou com protestos e um ônibus incendiado, na noite de sábado, 11.

Segundo informações da assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP), policiais militares relataram que moradores da região se revoltaram com a blitz policial no local dos eventos e passaram a cometer “atos de vandalismo” pelo bairro.

Grupos usaram latas de lixo e outros objetos para bloquear vias de Heliópolis e impedir o tráfego no local. A Avenida Almirante Delamare, que dá acesso à favela de Heliópolis, a maior de São Paulo, foi uma das interditadas.

Incêndio

Por volta das 22 horas de sábado, um ônibus intermunicipal que seguia para São Caetano do Sul, na região do ABC paulista, tentou desviar de uma rua bloqueada pelos manifestantes e foi recebido a pedradas por uma multidão na Estrada das Lágrimas, uma das principais vias do bairro da zona sul da capital.

Segundo a SSP, o motorista do ônibus, que não teve a identidade revelada, relatou no boletim de ocorrência que, ao perceber a ação do grupo, abriu a porta para permitir que os cinco passageiros que estavam no interior do veículo pudessem escapar. Todos fugiram sem ferimentos.

Nesse momento, afirmou o condutor, várias pessoas invadiram o coletivo, roubaram cerca de R$ 300 do caixa do ônibus, obrigaram o motorista a sair e, por fim, atearam fogo no veículo.

O condutor conseguiu fugir e chamar ajuda. Homens do Corpo de Bombeiros foram acionados para controlar o incêndio, mas o ônibus ficou totalmente destruído.

Ainda de acordo com a Secretaria da Segurança Pública, até a noite deste domingo, 12, nenhum suspeito havia sido preso. O episódio foi registrado como incêndio e roubo ao interior de veículo e será investigado pelo 95º DP (Heliópolis). O local e o ônibus passaram por perícia.

A região de Heliópolis é conhecida por promover bailes funk que começam à noite e vão até de manhã. São frequentes as reclamações de moradores sobre o barulho vindo dos eventos. Muitos dos bailes são realizados no meio da rua. As festas também costumam ter denúncias de tráfico de drogas e de exploração sexual.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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