Os envolvidos no esquema de corrupção investigado pela Operação Zelotes, deflagrada nesta quinta-feira, 26, pela Polícia Federal e Receita Federal, usavam empresas de consultoria para lavar dinheiro. De acordo com o delegado da Polícia Federal Marlon Cajado, responsável pela operação, advogados e lobistas procuravam ativamente empresas.
“Existe uma questão endêmica de grupos que atuavam lá para fazer esse patrocínio de interesses privados utilizando a posição de funcionários públicos”, disse.
Segundo Cajado, são investigados um conselheiro do Carf e nove ex-conselheiros. São investigadas cerca de 70 empresas em setores como financeiro, indústria automobilístico e agrícola.
No total, a Polícia Federal acredita que as empresas envolvidas no esquema podem ter deixado de pagar R$ 19 bilhões. Segundo Cajado, há mais provas em oito a nove processos, que somam R$ 5 bilhões, a maioria já julgados e casos em que foi reduzida a multa aplicada pela Receita Federal inicialmente.