O diretor-adjunto de Normas e Habilitação das Operadoras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), César Serra, disse nesta quarta-feira, 16, durante o “Fórum Estadão” sobre saúde, que as operadoras de planos privados enfrentam um quadro difícil do ponto de vista da sustentabilidade financeira. Mas, segundo ele, o órgão regulador tem trabalhado com os participantes do mercado para tentar equacionar essa situação.
Serra explicou que as operadoras estão descapitalizadas, ainda sofrendo impactos do período hiperinflacionário, e que as margens de lucro no setor são muito apertadas, sendo pouco acima de 2% do faturamento atualmente. Com o envelhecimento da população, os gastos dessas empresas só tendem a crescer nos próximos anos, o que deve dificultar ainda mais a situação. “Eu não diria que é uma bomba prestes a explodir, mas é um grande desafio”, ponderou Serra.
Ele lembrou que a ANS tem poder de controlar somente o reajuste nos planos de saúde individuais, enquanto nos acordos coletivos cabe à operadora negociar com as empresas.